PS mantém cartazes contestados e lança mais um

O director de campanha do PS diz que as críticas são normais e que os socialistas não vão desistir dos cartazes. Segunda-feira há mais um.

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Já na segunda-feira será lançado um novo cartaz a nível nacional da série “é tempo de confiança”, que tem como objectivo marcar o regresso de férias, explicou ao PÚBLICO Ascenso Simões, director da campanha do PS para as eleições legislativas. Este novo cartaz será colocado a nível nacional, tal como o primeiro da série que causou polémica e que dizia: “É tempo de confiança. António Costa. Alternativa de Confiança.”

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Já na segunda-feira será lançado um novo cartaz a nível nacional da série “é tempo de confiança”, que tem como objectivo marcar o regresso de férias, explicou ao PÚBLICO Ascenso Simões, director da campanha do PS para as eleições legislativas. Este novo cartaz será colocado a nível nacional, tal como o primeiro da série que causou polémica e que dizia: “É tempo de confiança. António Costa. Alternativa de Confiança.”

Além dos cartazes nacionais, o PS tem como estratégia a colocação de séries de cartazes temáticos, prossegue Ascenso Simões. A primeira série a ser colocada foi sobre o desemprego e causou também ela polémica nas redes sociais. Em particular o cartaz onde se lê: “Estou desempregada há 5 anos sem qualquer subsídio ou apoio. Como eu, são mais de 353.000. Não brinquem com os números, respeitem as pessoas. António Costa. Alternativa de Confiança.”

A primeira reacção que surgiu nas redes sociais foi de crítica pois a mensagem do cartaz falava de uma desempregada há cinco anos, ou seja, desde 2010, ano em que as responsabilidades de governação eram do PS e o então secretário-geral do PS, José Sócrates, era primeiro-ministro. Com críticas violentas de apoiantes de Seguro como António Galamba.

Ao PÚBLICO, Ascenso Simões afirmou que a mensagem do cartaz não é relativa à governação de Sócrates, mas sim aos últimos quatro anos. “Sabemos que sempre houve desemprego, fosse com o primeiro-ministro António Guterres, fosse com Durão Barroso, Santana Lopes ou José Sócrates, o problema é que esta senhora desde 2010 está desempregada e, desde então, perdeu todos os subsídios, está há quatro anos a perder subsídios”, afirmou Ascenso Simões ao PÚBLICO, frisando: “Esta é uma realidade de dezenas de milhares de pessoas que não podem ser eliminadas do desemprego em Portugal.”

Já sobre as críticas de que os cartazes do PS têm sido alvo, Ascenso Simões declarou ao PÚBLICO. “Vejo com naturalidade, essas críticas. As pessoas são livres, umas de apoiar outras de criticar. Isso não é relevante. O que é relevante é que segunda-feira prossegue a campanha com um novo cartaz.”

A série de cartazes sobre desemprego que inclui o cartaz sobre a mulher desempregada desde 2010, aborda outros aspectos do desemprego mas também da emigração e do trabalho precário. Assim um dos cartazes diz: “Estou desempregada desde 2012, para o Governo não existo. Como eu, são mais de 220.000. Não brinquem com os números, respeitem as pessoas. António Costa. Alternativa de Confiança.” Outro sobre trabalho precário afirma: “Estou a recibos verdes desde 2011, o governo considera-o um bom emprego. Como eu, são mais de 250.000. Não brinquem com os números, respeitem as pessoas. António Costa. Alternativa de Confiança.” E também a emigração em crescendo nos últimos anos é referida: “Fui obrigado a emigrar em 2012, o governo chama-lhe uma oportunidade. Como eu, são mais de 485.000. Não brinquem com os números, respeitem as pessoas. António Costa. Alternativa de Confiança.”

O primeiro cartaz a causar polémica, Tinha a mensagem “É tempo de confiança. António Costa. Alternativa de Confiança.” sob a imagem de fundo de uma mulher a levantar uma paisagem carregada e escura para deixar ver um céu ensolarado. Este cartaz foi algo de críticas e de ridicularização, tendo circulado nas redes sociais cópias com a imagem de António Costa transformado em Gandhi ou com a imagem de António José Seguro e também com a imagem de José Sócrates.