Hospitais públicos com 22 milhões para combater listas de espera

Dinheiro extra vai permitir fazer 16 mil operações até Dezembro.

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O PIC irá abranger cinco áreas escolhidas pelo facto de serem as mais carenciadas DR

Segundo as contas do ministério, o programa vai permitir fazer mais 16 mil cirurgias e o período inicialmente avançado era o de 1 de Julho a 31 de Dezembro deste ano. O PIC irá abranger cinco áreas  - cancros da mama e da próstata, cirurgia da hérnia discal, colocação de próteses da anca e cataratas -, escolhidas pelo facto de serem as mais carenciadas.

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Segundo as contas do ministério, o programa vai permitir fazer mais 16 mil cirurgias e o período inicialmente avançado era o de 1 de Julho a 31 de Dezembro deste ano. O PIC irá abranger cinco áreas  - cancros da mama e da próstata, cirurgia da hérnia discal, colocação de próteses da anca e cataratas -, escolhidas pelo facto de serem as mais carenciadas.

Na portaria publicada em Junho, o ministério não explicava por que razão tinha decidido nesta fase avançar com o plano extraordinário de combate às listas de espera. Frisava apenas que é necessário evitar riscos de incumprimento dos tempos máximos de resposta garantidos na lei e responder à maior procura de cuidados de saúde que se verifica nalgumas áreas devido ao envelhecimento da população.

Os dados sobre tempos de espera disponíveis no sistema integrado de gestão de doentes inscritos para cirurgia, relativos ao primeiro semestre de 2014, indicam que nessa altura havia, no cancro da mama, 346 doentes em lista de espera e uma mediana de tempo de espera de 13 dias, estando 7,5% dos pacientes a aguardar acima do tempo máximo previsto na lei.

Em situação pior estavam os doentes com tumores da próstata: 28% ficavam em lista de espera mais tempo do que o devido. Já na oftalmologia, a mediana de tempo de espera era de dois meses e 5,5% esperavam mais do que o máximo permitido, enquanto na ortopedia essa percentagem subia para 15,8%.