"O FMI só participará se estas duas condições forem cumpridas", disse um dirigente da organização em Washington, citado pela agência Reuters, indicando que este processo poderá demorar meses. Sexta-feira, o ministro das Finanças grego encontra-se pela primeira vez em Atenas com os credores para negociar o novo empréstimo, no valor esperado de 82 mil milhões de euros a três anos.
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"O FMI só participará se estas duas condições forem cumpridas", disse um dirigente da organização em Washington, citado pela agência Reuters, indicando que este processo poderá demorar meses. Sexta-feira, o ministro das Finanças grego encontra-se pela primeira vez em Atenas com os credores para negociar o novo empréstimo, no valor esperado de 82 mil milhões de euros a três anos.
Nos termos do acordo alcançado em Bruxelas a 13 de Julho, os europeus colocaram como condição para um novo resgate à Grécia a participação do FMI.
Segundo o mesmo responsável, que pediu anonimato, a instituição vai continuar a participar nas negociações em curso na capital grega, mas só poderá apoiar o programa se o considerar completo e for garantida a sustentabilidade da dívida a médio prazo. Pelo seu lado, o Ministério das Finanças grego sublinhou que "a posição do FMI sobre a viabilidade da dúvida não é nova".
A instituição liderada por Christine Lagarde considera que este duplo objectivo só será atingido com "decisões difíceis" da parte de Atenas e dos europeus. Mas, para o FMI, as negociações entre a Grécia e os credores continuam sem abordar "um certo número de questões cruciais para um programa de médio prazo", e o a organização não pode conceder empréstimos a "um país cujo dívida não considera sustentável", disse o dirigente, citado pela AFP.
A dívida grega, que ronda os 170% do Produto Interno Bruto, não satisfaz os critérios do FMI. Só se se a União Europeia aceitar fazer um "importante" alívio à dívida de Atenas é que esta poderá tornar-se sustentável, tem repetido a directora-geral do FMI, Christine Lagarde.
Mas, até agora, os parceiros europeus da Grécia apenas admitiram ponderar a opção de aliviar a dívida, enquanto o FMI, segundo o responsável, quer um compromisso "concreto e explícito" sobre esta questão.
Esta posição do FMI surge depois de o jornal britânico Financial Times ter referido que numa reunião do conselho de administração realizada na quarta-feira a instituição foi informada das dificuldades de participação num terceiro resgate à Grécia devido à elevada dívida do país e ao fraco nível de aplicação das reformas.
Segundo o jornal, a posição do FMI poderá ter consequências significativas, dado que a Alemanha tem afirmado que só conseguirá a aprovação do resgate de 86 mil milhões de euros no Parlamento de Berlim se a instituição estiver envolvida.