Programa "Mar Seguro" para sensibilizar os pescadores

Ministro da Defesa Nacional falou, esta sexta-feira, da importância da segurança balnear e marítima para o crescimento da economia em Portugal, na sequência apresentação do novo programa “Mar Seguro”, uma acção que pretende dar meios à comunidade piscatória para uma maior segurança.

Foto
Ministro da Defesa esteve hoje no Porto e afirmou que quer posicionar Portugal no ranking mundial da vanguarda da segurança marítima Paulo Pimenta

O programa “Mar Seguro” pretende  maximizar a capacidade operacional através da prevenção. O director do Instituto de Socorros e Náufragos (ISN) explicou que a missão vai consistir em acções de sensibilização junto da comunidade piscatória. O programa prevê a formação dos pescadores em suporte básico de vida de modo a que as embarcações estejam preparadas para prestar socorro até a chegada dos profissionais competentes. A sensibilização passa também por realçar a importância de munir as embarcações de equipamento de salvamento como é o caso dos coletes salva-vidas e dos extintores. Nomeadamente em relação aos coletes, o ISN alerta para a necessidade de estarem dentro do prazo de validade e de existir pelo menos um para cada tripulante. A utilização do equipamento pode ser fundamental para o salvamento das vidas, nas palavras do director pode ser “a diferença, muitas vezes, entre a vida e a morte”.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O programa “Mar Seguro” pretende  maximizar a capacidade operacional através da prevenção. O director do Instituto de Socorros e Náufragos (ISN) explicou que a missão vai consistir em acções de sensibilização junto da comunidade piscatória. O programa prevê a formação dos pescadores em suporte básico de vida de modo a que as embarcações estejam preparadas para prestar socorro até a chegada dos profissionais competentes. A sensibilização passa também por realçar a importância de munir as embarcações de equipamento de salvamento como é o caso dos coletes salva-vidas e dos extintores. Nomeadamente em relação aos coletes, o ISN alerta para a necessidade de estarem dentro do prazo de validade e de existir pelo menos um para cada tripulante. A utilização do equipamento pode ser fundamental para o salvamento das vidas, nas palavras do director pode ser “a diferença, muitas vezes, entre a vida e a morte”.

Há ainda uma particular incidência na necessidade de coordenação entre a Polícia Marítima e a sociedade civil. Antes de ir para o mar, o ISN fala da importância do planeamento da viagem que passa por prever todos os perigos que possam ser encontrados, sendo importante verificar os avisos à navegação por parte dos pescadores no site do Instituto Hidrográfico, mas também obter informações da Polícia Marítima acerca do estado das Barras. As acções de formação vão ter lugar, inicialmente, em três estações salva-vidas pelo país, Leixões, Peniche e Ferragudo e deixam uma mensagem para os pescadores “quem vai ao mar, avia-se em terra”.

Portugal na vanguarda

"Queremos posicionar Portugal no ranking mundial da vanguarda da segurança marítima, tal como acontece em termos da segurança balnear, em que o nosso país tem das menores taxas de mortalidade", anunciou o ministro Aguiar-Branco sublinhando que estas duas condições são fundamentais para “um crescimento saudável da economia”, já que a segurança balnear e marítima “trazem turistas e viajantes que favorecem o crescimento económico”. 

José Pedro Aguiar-Branco aproveitou ainda para destacar “o empenho das Forças Armadas no salvamento marítimo e na forma como têm cumprido esta missão com reconhecida eficiência”. Até meados deste mês, foram registadas, em 2015, 330 acções de busca e salvamento que resultaram no salvamento de 203 vidas humanas. Ainda assim o ministro lamenta aquilo que considera ser uma “realidade pouco percepcionada”. “Muito se faz, muito se trabalha, mas hoje em dia há uma lógica de que tudo o que não passa na comunicação social, não é reconhecido, mas é o trabalho diário e constante que ninguém vê que permite que na hora certa as coisas não falhem”, esclarece Aguiar-Branco.

Porém, o ministro lembra que “o financiamento não é ilimitado e os recursos são escassos”. Face às condições disponíveis é necessário ter mais capacidade operacional através da “eficiência na gestão dos recursos, racionalização, evitando-se duplicações e conseguinte afectar o mais possível os nossos recursos financeiros à dimensão operacional”, avisa.


 Texto editado por Andrea Cunha Freitas