Mínimos, denominador comum

A estreia em filme próprio dos bonecos amarelos de Gru o Mal-Disposto é tão divertida quanto desconchavada

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Os Mínimos são mais divertidos em formato curto

Banana! Não há como fugir à impiedosa invasão dos bonecos amarelos de jardineira de ganga que “roubaram” Gru, o Mal-Disposto 1 e 2 ao seu herói nominal.

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Banana! Não há como fugir à impiedosa invasão dos bonecos amarelos de jardineira de ganga que “roubaram” Gru, o Mal-Disposto 1 e 2 ao seu herói nominal.

Não que, na verdade, haja muita vontade de fugir: os Mínimos, mais o seu físico atarracado e a sua linguagem-esperanto desvairada e onomatopeica (“Hola papagena! Tu es bella como la papaia!”), são genuinamente divertidos. O problema, pelo menos a julgar por este primeiro filme onde têm os holofotes só para si, é outro: os Mínimos são muito mais divertidos em formato curto que vira viral nas redes sociais do que em hora e meia de longa-metragem. Há muitos gagues inspirados ao longo de Mínimos, que recordam não poucas vezes a anarquia não-me-ralo-nada dos anos de ouro dos cartoons da Warner; mas o filme nunca consegue deixar de ser uma simples soma de gagues que nunca se entrosam verdadeiramente numa história, para já não falar dos trailers que circulam há meses já terem divulgado uma boa metade dos melhores momentos do filme. O que salva esta primeira aventura dos Mínimos (que, a julgar pelo arranque triunfal nas bilheteiras, virá certamente a ter continuação) é que, mesmo repetidos, os gagues são bons, desde a evolução dos acólitos ao longo das eras ao momento Jimi Hendrix super-mega-ukulele. E sim, é possível saír do filme com a sensação de que Mínimos fica aquém do potencial humorístico das personagens e ter ainda assim soltado umas grandes e desopilantes gargalhadas. Kumbaya!