PCP acusa PS, PSD e CDS de submissão à União Europeia

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PCP acusa gestão do PS em Lisboa de “clara insuficiência". Enric Vives-Rubio

"Para o PCP não há hesitação. É do lado dos trabalhadores e do povo que se coloca não como fazem PS, PSD e CDS, do lado dos que impõem exploração, empobrecimento e uma política de subordinação e submissão ao processo de integração da União Europeia, aos interesses dos monopólios e ao directório de potências que os serve", afirmou o membro da Comissão Política do Comité Central comunista Ângelo Alves numa declaração política na sede do PCP, em Lisboa.

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"Para o PCP não há hesitação. É do lado dos trabalhadores e do povo que se coloca não como fazem PS, PSD e CDS, do lado dos que impõem exploração, empobrecimento e uma política de subordinação e submissão ao processo de integração da União Europeia, aos interesses dos monopólios e ao directório de potências que os serve", afirmou o membro da Comissão Política do Comité Central comunista Ângelo Alves numa declaração política na sede do PCP, em Lisboa.

Por ocasião do 30.º aniversário da assinatura do Tratado de Adesão de Portugal à Comunidade Económica Europeia (CEE), mais tarde União Europeia, Ângelo Alves afirmou que "não espanta, e não é também uma coincidência que estes mesmos partidos estejam agora, na prática, unidos pelos seus programas eleitorais em torno de uma mesma política que defende e aprofunda o euro, aceita e aplica o Tratado Orçamental e se submete às regras da dita governação económica".

Os comunistas consideram por isso não ser um espanto que "PS, PSD e CDS se tenham unido em defesa da CEE, da União Europeia e dos seus pilares neoliberal, federalista e militarista", nem que "há três anos se tenham unido para assinar o pacto de agressão" ou que os três partidos tenham "convergido na aprovação do tratado orçamental e que convirjam agora nas linhas essenciais de aprofundamento da União Económica e Monetária, da União Bancária e Financeira e na criação do chamado Fundo Monetário Europeu".

Para o PCP, Portugal "foi transformado, com a conivência e participação activa dos Governos do PS, PSD e CDS, num exemplo, sim, mas de retrocesso, empobrecimento e submissão a interesses que não os do povo português".

"Ao mesmo tempo que multinacionais se instalaram em Portugal, contando com significativas contrapartidas e tendo em vista a exploração de uma mão-de-obra barata, o sector empresarial do Estado foi sendo desmantelado e sectores estratégicos da nossa economia alienados e entregues ao estrangeiro, como aliás acaba de ser mais uma vez demonstrado com a decisão da entrega da TAP", acrescentou o dirigente comunista.

Ângelo Alves sublinhou ainda que aquilo que a revolução de Abril de 1974 "tinha aberto de Portugal ao mundo, e afirmado de paz e cooperação, como a Constituição da República Portuguesa consagrou, foi abandonado e substituído por uma lógica de subordinação aos interesses das grandes potências europeias e de submissão à estratégia agressiva dos Estados Unidos da América e da NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte, OTAN na sigla em inglês)".