Le fils de Saul, do húngaro László Nemes, recebe o prémio da FIPRESCI

Distinções paralelas ao palmarés oficial comecam a ser anunciadas. O Júri Ecuménico escolheu Mia Madre, de Nanni Moretti

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László Nemes foi aluno de Béla Tarr, retrata um dia e meio em Auschwitz em 1944 dr

O retrato de uma personagem, Saul, membro do Sonderkommando, grupo de prisioneiros judeus que os nazis protegiam, mas a prazo, para fazerem o trabalho de limpeza das câmaras de gás, removerem os corpos, direccioná-los para os crematórios, espalhar as cinzas, é o primeiro filme de Nemes, ex-aluno de Béla Tarr. Passa-se num dia e meio em Auschwitz-Birkenau, em Outubro de 1944. O projecto nasceu da leitura de relatos manuscritos de membros dos Sonderkommando encontrados enterrados em Auschwitz-Birkenau. É considerado um dos favoritos para a Palma de Ouro.

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O retrato de uma personagem, Saul, membro do Sonderkommando, grupo de prisioneiros judeus que os nazis protegiam, mas a prazo, para fazerem o trabalho de limpeza das câmaras de gás, removerem os corpos, direccioná-los para os crematórios, espalhar as cinzas, é o primeiro filme de Nemes, ex-aluno de Béla Tarr. Passa-se num dia e meio em Auschwitz-Birkenau, em Outubro de 1944. O projecto nasceu da leitura de relatos manuscritos de membros dos Sonderkommando encontrados enterrados em Auschwitz-Birkenau. É considerado um dos favoritos para a Palma de Ouro.

O júri da FIPRESCI atribuiu ainda prémios a Masaan, de Neeraj Ghaywan, exibido na secção Un Certain Regard, e a Paulina, de Santiago Mitre, na Semana da Critica.

Já o Júri Ecuménico, composto por críticos, jornalistas e cineastas, em geral ligados à Igreja, distinguiu Mia Madre, de Nanni Moretti (competição), pela forma como “explora de forma elegante a jornada humana através da perda em direcção a novos recomeços”. Duas menções especiais foram atribuídas a La Loi du Marché, de Stephane Brizé (competição), pela reflexão que faz sobre “a nossa cumplicidade tácita com as lógicas desumanas do mercado” (a personagem de Vincent Lindon, um desempregado, quer regressar ao mercado e inicia o processo de cursos de formação, de aconselhamento profissional) e a Taklub, de Brillante Mendoza (secção Un Certain Regard), pelo sensível retrato de comunidades a lutarem pela vida no meio do sofrimento e da morte provocada por uma catástrofe natural nas Filipinas – o ciclone tropical Yolanda que em 2014 fez mais de seis mil vítimas.