Vinhos de Portugal arranca no Rio de Janeiro com 73 produtores

Secretário de Estado da Agricultura inaugura evento que antes de abrir, já tinha sessões com bilhetes esgotados.

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O secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque fez na manhã desta sexta-feira uma demorada visita aos 73 produtores presentes no Vinhos de Portugal no Rio, organizado pelo PÚBLICO e pelo jornal brasileiro O Globo, e chegou à conclusão de que no sector “não há fado”, que os seus actores não são dados “à melancolia” e que a sua presença no evento é a prova de “uma atitude competitiva muito importante e positiva”.

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O secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque fez na manhã desta sexta-feira uma demorada visita aos 73 produtores presentes no Vinhos de Portugal no Rio, organizado pelo PÚBLICO e pelo jornal brasileiro O Globo, e chegou à conclusão de que no sector “não há fado”, que os seus actores não são dados “à melancolia” e que a sua presença no evento é a prova de “uma atitude competitiva muito importante e positiva”.

Acompanhado pelo cônsul de Portugal no Rio de Janeiro e pelos presidentes dos institutos do Vinho e da Vinha, do Vinho do Porto e da Viniportugal, José Diogo Albuquerque provou vários vinhos (de preferência brancos, talvez por causa do calor e da hora da visita), demorou-se em conversas com produtores e deu conta que o evento, que decorre no Jockey Clube, é uma prova de força de um sector que cresce nas exportações há cinco anos consecutivos, que domina 30% do mercado do vinho do Rio de Janeiro e que ambiciona elevar as suas vendas para o exterior dos actuais 730 milhões de euros para os 900 milhões, em 2019.

Na inauguração do evento, os participantes que viajaram de Portugal ou que se faziam representar pelos seus importadores puderam manter uma sessão de trabalho com cerca de 200 profissionais do sector, desde donos de restaurantes ou de garrafeiras a jornalistas especializados ou somelliers.

À hora do almoço começaram a entrar os visitantes não profissionais, que se dividiam em três blocos diários de acesso ao espaço das provas de vinho de duas horas. Na hora do arranque do Vinhos de Portugal no Rio, faltavam vender menos de 500 bilhetes de entrada. As sessões da tarde de sexta, sábado e domingo há muito se tinham esgotado, bem como todas as provas dirigidas sobre vinhos portugueses lideradas por jornalistas e críticos do PÚBLICO e do Globo.

O mercado brasileiro está a revelar sinais de arrefecimento, mas esses sintomas levam o presidente da Viniportugal, que apoia o evento, a considerar que esta é “a melhor altura para reafirmar posições”. Jorge Monteiro considera que “para nós esta é a hora de apostar no Brasil e em Angola”. Os produtores ouviram essa mensagem e este ano o número de presentes aumentou em relação ao ano passado. Portugal exporta 28 milhões de euros em vinho para o Brasil e, apesar da crise, o país “é muito grande e há ainda muitas oportunidades a explorar”, na opinião de Carlos Moura, da Lusovini. O facto de apenas uma pequena parte dos brasileiros consumir vinho deixa em aberto margens de crescimento que os portugueses querem aproveitar.