Lesados do papel comercial do BES preparam acções de protestos em Sintra

Para esta sexta-feira à noite está prevista uma vigília próximo do hotel onde decorre o Fórum do BCE.

Foto
Solução apresentada abrange apenas alguns produtos dos ex-clientes do BES

Para sábado, a AIEPC tem prevista uma manifestação durante a manhã e uma nova vigília à noite, com a formação de um cordão humano.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Para sábado, a AIEPC tem prevista uma manifestação durante a manhã e uma nova vigília à noite, com a formação de um cordão humano.

Estas acções deverão ocorrer nas proximidades do Hotel Penha Longa Sintra, onde decorre desde quinta-feira o fórum do BCE, em que participam várias personalidades ligadas ao mundo financeiro e económico.

Estas acções da associação de lesados surgem depois da carta enviada ao presidente do BCE, onde sustentam que “foram enganados duas vezes por ordens directas do Banco de Portugal”.

A carta enviada a Mario Draghi na sequência de notícias que dão conta da oposição do BCE relativamente ao envolvimento do Novo Banco no pagamento do papel comercial, alerta para o risco do problema ter potencial “para conduzir a uma crise bancária” em Portugal.

A AIEPC tem promovido inúmeras manifestações, especialmente junto do Novo Banco e do Banco de Portugal, a reclamar a devolução do dinheiro que foi aplicado em papel comercial de empresas do Grupo Espírito Santos e que, na sequência da intervenção de que foi objecto o BES, dando origem à divisão em banco bom (Novo Banco) e banco mau, não foi pago.

São cerca de 2500 os clientes envolvidos no produto financeiro comercializado pelo BES, num montante total de 527 milhões de euros.