Hélia Correia vence Grande Prémio do Conto Camilo Castelo Branco

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Hélia Correia Enric vives-rubio

Instituído em 1991, ao abrigo de um protocolo entre a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão e a Associação Portuguesa de Escritores (APE), o Grande Prémio do Conto, no valor de 7500 euros, destina-se a galardoar uma obra em língua portuguesa de um autor português ou de um país africano de expressão portuguesa.
Esta 23.ª edição destinava-se a obras editadas em 2014. Vinte Degraus e Outros Contos foi editado pela Relógio d'Água. 

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Instituído em 1991, ao abrigo de um protocolo entre a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão e a Associação Portuguesa de Escritores (APE), o Grande Prémio do Conto, no valor de 7500 euros, destina-se a galardoar uma obra em língua portuguesa de um autor português ou de um país africano de expressão portuguesa.
Esta 23.ª edição destinava-se a obras editadas em 2014. Vinte Degraus e Outros Contos foi editado pela Relógio d'Água. 

Nascida em Lisboa, em 1949, Hélia Correia licenciou-se em Filologia Românica, foi professora de Português do Ensino Secundário, tendo também feito um curso de Pós-Graduação em Teatro Clássico. Apesar do seu gosto pela poesia, é como ficcionista que é reconhecida como uma das revelações da novelística portuguesa da geração de 80.

Estreou-se na poesia com a edição de O Separar das Águas, em 1981, e O Número dos Vivos, em 1982.

A Casa Eterna (Prémio Máxima de Literatura, 2000), Lillias Fraser (Prémio de Ficção do Pen Club, 2001, e Prémio D. Dinis, 2002), Bastardia (Prémio Máxima de Literatura, 2006) e Adoecer (Prémio da Fundação Inês de Castro, 2010) são alguns títulos da sua bibliografia.

Vinte degraus e outros contos reúne onze contos de Hélia Correia, alguns dos quais têm referências reconhecíveis, como é o caso de Seroda, que é outra história de Mariana Cruz, de Amor de Perdição.

Desde a sua instituição, o Grande Prémio do Conto Camilo Castelo Branco já distinguiu escritores como Mário de Carvalho (duas vezes), Teresa Veiga (também duas vezes), Maria Isabel Barreno, Maria Velho da Costa, Maria Judite de Carvalho, Miguel Miranda, Luísa Costa Gomes, José Jorge Letria e José Eduardo Agualusa.

José Viale Moutinho, António Mega Ferreira, Teolinda Gersão, Urbano Tavares Rodrigues, Manuel Jorge Marmelo, Paulo Kellerman, Gonçalo M. Tavares, Ondjaki, Afonso Cruz, A.M. Pires Cabral e Eduardo Palaio foram outros distinguidos com o prémio.

O anúncio do vencedor da 23.ª edição decorreu em Vila Nova de Famalicão, na Casa de Camilo, onde este escritor escreveu algumas das suas principais obras.