Jerónimo de Sousa critica "nervosismo" e prioridade atribuída às presidenciais

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Jerónimo de Sousa Carlos Lopes/arquivo

"Anda por aí muito nervosismo a puxar e a priorizar as presidenciais, secundarizando as legislativas, anúncios, pré-anúncios, candidatos que avançam ou que esperam, candidatos que afinal não vão ser porque dizem que não vão ser", afirmou Jerónimo de Sousa, no encerramento de um encontro da CDU, que decorreu em Cruz de Pau, no concelho do Seixal.

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"Anda por aí muito nervosismo a puxar e a priorizar as presidenciais, secundarizando as legislativas, anúncios, pré-anúncios, candidatos que avançam ou que esperam, candidatos que afinal não vão ser porque dizem que não vão ser", afirmou Jerónimo de Sousa, no encerramento de um encontro da CDU, que decorreu em Cruz de Pau, no concelho do Seixal.

Lembrando que as legislativas são já daqui a seis meses, enquanto para as eleições presidenciais falta quase um ano, o secretário-geral comunista defendeu que "tudo tem o seu tempo". E, acrescentou, "o tempo próximo é a batalha das legislativas".

Ainda a propósito das eleições presidenciais e referindo-se ao candidato que o PCP irá apresentar ou apoiar, Jerónimo de Sousa assegurou que "no tempo certo" o partido "definirá a forma de intervir".

Para já, continuou, os comunistas apenas clarificam o objectivo: "Tudo faremos para colocar na Presidência da República alguém que cumpra e faça cumprir a Constituição da República Portuguesa".

Num discurso já de pré-campanha, o secretário-geral comunista assegurou que o partido não só tem soluções, mas também capacidades para assumir as responsabilidades a que for chamado a cumprir, incluindo no Governo, tal como tem acontecido a nível local.

"A CDU tem propostas para resolver os problemas do país e capacidade e competência para as concretizar", frisou.

No seu discurso, Jerónimo de Sousa repetiu ainda críticas ao Governo e ao Presidente da República, considerando que o executivo de maioria PSD/CDS-PP liderado por Pedro Passos Coelho "só sobrevive" porque o chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, "não está em consonância com o país, a vontade dos portugueses e a própria Constituição da República".

Cavaco Silva, referiu, está apenas "determinado a salvar uma política de direita a todo o custo e um Governo da sua filiação partidária".