Miroslav Ondricek (1935-2015) Morreu o director de fotografia de Amadeus

Por duas vezes nomeados para os Óscares, o checo Miroslav Ondricek trabalhou por oito vezes com Milos Forman, incluindo em Amadeus

Foto
Miroslav Ondricek à esquerda com a actriz Vera Kresadlova e o realizador Ivan Passer fotografados em 2006 AFP PHOTO / MICHAL CIZEK

Primeiro nos filmes que fizeram o nome de Forman na (então) Checoslováquia, o documentário Konkurs (1964) e as ficções Os Amores de uma Loira (1965) e O Baile dos Bombeiros (1967); depois, já nos EUA, em Os Amores de uma Adolescente (1971), Hair (1979), Ragtime (1981), Amadeus (1984) e Valmont (1989).

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Primeiro nos filmes que fizeram o nome de Forman na (então) Checoslováquia, o documentário Konkurs (1964) e as ficções Os Amores de uma Loira (1965) e O Baile dos Bombeiros (1967); depois, já nos EUA, em Os Amores de uma Adolescente (1971), Hair (1979), Ragtime (1981), Amadeus (1984) e Valmont (1989).

Foi, aliás, por Ragtime e Amadeus que Ondricek foi nomeado para os Óscares. Fotografou igualmente filmes de outros compatriotas seus como Ivan Passer ou Jan Nemec, mas começou muito cedo a trabalhar fora da Checoslováquia, criando cumplicidades com vários cineastas com quem rodou repetidamente.

Em Inglaterra, rodou com um dos mestres do Free Cinema, Lindsay Anderson, por três vezes, em The White Bus (1967), Se...(1968) e Um Homem de Sorte (1973); nos EUA, colaborou regularmente com George Roy Hill – como em Matadouro Cinco (1972), baseado no romance de culto de Kurt Vonnegut, e O Estranho Mundo de Garp (1982), adaptado de John Irving – ou Penny Marshall - com destaque para Despertares (1990) e Liga de Mulheres (1992).

Foi Marshall quem dirigiu a última longa-metragem rodada por Ondricek, Os Rapazes da Minha Vida (2001). A sua morte, aos 80 anos de idade, na sua Praga natal, foi anunciada no domingo pelo filho, o realizador checo David Ondricek.