Russo mais russo não há

Andrei Zvyagintsev inscreve-se na linhagem do grande cinema russo. Ainda bem.

Foto

Tudo verdade, e contudo a claustrofobia que Andrei Zvyagintsev constrói à beira do mar de Barents, a sensação de desperdício de vidas e sonhos em nome de um utilitarismo quase ofensivo, o desespero surdo que percorre todo o filme, torna Leviatã num parente próximo da Minha Alegria de Sergei Loznitsa – uma “radiografia criativa” de uma sociedade entrópica, pontuada por um humor de um negrume tão sufocante como explosivo. Tão absorvente como sufocante, Leviatã pode transpirar calculismo – mas isso apenas o torna ainda mais russo.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Tudo verdade, e contudo a claustrofobia que Andrei Zvyagintsev constrói à beira do mar de Barents, a sensação de desperdício de vidas e sonhos em nome de um utilitarismo quase ofensivo, o desespero surdo que percorre todo o filme, torna Leviatã num parente próximo da Minha Alegria de Sergei Loznitsa – uma “radiografia criativa” de uma sociedade entrópica, pontuada por um humor de um negrume tão sufocante como explosivo. Tão absorvente como sufocante, Leviatã pode transpirar calculismo – mas isso apenas o torna ainda mais russo.

The partial view '~/Views/Layouts/Amp2020/ARTIGO_CINEMA.cshtml' was not found. The following locations were searched: ~/Views/Layouts/Amp2020/ARTIGO_CINEMA.cshtml
ARTIGO_CINEMA