Mia Hansen-Love e Whit Stillman serão os Heróis Independentes

Festival decorre de 23 de Abril a 3 de Maio

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Eden, de Mia Hansen-Love DR

A retrospectiva dedica à realizadora será integral, com as longas Eden (2014), Un Amour de Jeunesse (2011), Le Père de mes Enfants (2009), Tout est pardonné (2007) e a curta Après mûre réflexion (2004); e de Whit Stillman o Indie mostrará Metropolitan (1990), Barcelona (1994), The Last Days of Disco (1998) e Damsels in Distress (2011) e o episódio piloto da série The Cosmopolitans (2014).

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A retrospectiva dedica à realizadora será integral, com as longas Eden (2014), Un Amour de Jeunesse (2011), Le Père de mes Enfants (2009), Tout est pardonné (2007) e a curta Après mûre réflexion (2004); e de Whit Stillman o Indie mostrará Metropolitan (1990), Barcelona (1994), The Last Days of Disco (1998) e Damsels in Distress (2011) e o episódio piloto da série The Cosmopolitans (2014).

É um “casamento” que não pode ter sido só circunstancial, este de associar uma francesa que começa a mostrar obra e a de um americano que se destacou nos anos 90 – sobre ele se poderia dizer que já fez o que teria a fazer?. Quer mesmo potenciar sentidos e rimas.

Se o gosto, dos organizadores do Indie, por Stillman já era antigo e “estava a marinar”, como diz Nuno Sena, e se o interesse por Mia Hansen-Love, que tem obra ainda curta, é mais recente e permitia o foco na integralidade de um trabalho sem que isso devorasse o resto da programação (que é um ponto assente para a secção Herói Independente que regressou o ano passado depois de ter estado suspensa por motivos orçamentais), este encontro, explica Sena, volta a colocar o Indie na rota de obras que prometem continuidade, futuro – a recente associação de Stillman à televisão, segundo o programador, é sinal de nova “aceleração” num percurso.

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O cinema de Hansen-Love e de Whit Stillman: a renovação de uma tradição conservadora do indie DR

E a posteriori, reconhece, abriram-se hipóteses de comunicação entre os trabalhos: a de uma versão francesa e americana do mesmo tipo de indie: algo que sendo conservador, porque assente no trabalho com os actores, na carpintaria de argumento, um cinema de diálogos, enfim, acredita na possibilidade de renovação e na possibilidade de modernizar uma tradição.