Governo de Atenas acusa BCE de pressão política: "Não vamos deixar que nos chantageiem"

Porta-voz do executivo de Tspiras diz que liquidez bancária está garantida.

Foto
situação da Grécia presente nas preocupações do G20. AFP PHOTO / JUSTIN TALLIS

O porta-voz do Governo, Gavriil Sakelaridis, afirmou nesta quinta-feira que "não há motivo de preocupação" e que se trata de uma "pressão política" por parte do BCE no âmbito do processo de negociação da Grécia com os seus parceiros.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O porta-voz do Governo, Gavriil Sakelaridis, afirmou nesta quinta-feira que "não há motivo de preocupação" e que se trata de uma "pressão política" por parte do BCE no âmbito do processo de negociação da Grécia com os seus parceiros.

"Não vamos chantagear, nem tão pouco vamos deixar que nos chantageiem", disse Sakelaridis em declarações à estação de televisão privada Mega.

Na quarta-feira, após a decisão do banco central europeu, o Ministério das Finanças emitiu um comunicado em que garante que a decisão do BCE não terá um impacto negativo no sector financeiro do país, que continua "completamente protegido" por outros canais de liquidez que ainda estão disponíveis.

"Esta decisão coloca pressão sobre o Eurogrupo, para proceder rapidamente à conclusão de um novo acordo em benefício mútuo para a Grécia e os seus parceiros", refere o ministério.

O texto divulgado refere que o Governo "aumenta diariamente" o círculo de parceiros e instituições com os quais mantém consultas e "permanece firme na sua meta de aplicar o programa de salvação social, aprovado pelo voto do povo grego".

Nas bolsas e no mercado da dívida pública, a reacção é negativa, com quedas muito elevadas das acções dos bancos gregos e forte subida dos juros das obrigações gregas.