As imagens que faltam

Dois documentários sobre as atrocidades nazis levantam questões mas perdem-se nas respostas.

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Para Vanessa Lapa, trata-se de traçar o percurso de Heinrich Himmler, o chefe das temidas SS, e de desenhar o contraste inexplicável entre o homem de família e o militar cruel e calculista, recorrendo à sua própria correspondência pessoal. Mas O Homem Decente, inteiramente construído com material de arquivo, fica prisioneiro do seu notável trabalho de pesquisa e montagem, como se no processo de reconstituir os factos perdesse de vista a tentativa de perceber como é que “uma boa pessoa” pode também ser um “monstro”.

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Para Vanessa Lapa, trata-se de traçar o percurso de Heinrich Himmler, o chefe das temidas SS, e de desenhar o contraste inexplicável entre o homem de família e o militar cruel e calculista, recorrendo à sua própria correspondência pessoal. Mas O Homem Decente, inteiramente construído com material de arquivo, fica prisioneiro do seu notável trabalho de pesquisa e montagem, como se no processo de reconstituir os factos perdesse de vista a tentativa de perceber como é que “uma boa pessoa” pode também ser um “monstro”.

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Por seu lado, A Noite Cairá retraça a história de uma produção aliada que pretendia usar as imagens filmadas por operadores de câmara militares na libertação dos campos de concentração para dar a conhecer ao mundo a verdadeira dimensão dos crimes do Holocausto. A natureza delicada desse filme, em cuja montagem Alfred Hitchcock colaborou, e as divergências entre as chefias quanto à sua produção levariam-no à prateleira da qual só foi retirado em 1984. A história é complexa e fascinante, e as imagens de época mantêm intactas o seu poder. Só que, ao procurar encontrar um meio-termo de sobriedade, André Singer deixa-se escorregar para uma formatação padronizada de documentário para televisão ou extra de DVD, que nunca minimiza a importância do material mas parece estar mais interessado na narrativa de bastidores do que nas imagens propriamente ditas. 

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