Fitch considera improvável que programa do BCE aumente crédito dado pelos bancos
Para a agência, os países do sul da Europa podem beneficiar mais da medida.
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Por isso, consideram, qualquer impacto positivo da medida "é provável que seja temporário", a não ser, apontam, que o balanço dos bancos seja libertado para permitir a concessão de mais créditos ou que "as reformas estruturais reforcem o crescimento económico real e sustentável" na zona euro.
Para a Fitch, os bancos dos países do sul da Europa "podem beneficiar mais" do programa de compra de dívida do que os do norte, mas o impacto "deve depender dos valores e maturidades dos títulos de dívida". Já no norte da Europa, e porque os bancos têm "demasiada liquidez" e as taxas de juro já são muito baixas, o programa pode "distorcer ainda mais" os preços dos créditos, considera a agência.
O BCE vai comprar mensalmente 60.000 milhões de euros de dívida pública e privada a partir de Março e, pelo menos, até Setembro de 2016, totalizando 1,14 biliões de euros, numa ação forte (que os analistas chamam "bazuca") destinada a contrariar o risco de deflação na zona euro.
Este montante poderá, no entanto, ser ultrapassado, uma vez que o BCE admite manter o programa activo "até haver um ajustamento perene da trajectória da inflação em linha com o objectivo [do BCE] de atingir uma taxa de inflação próxima, mas inferior a 2%".