Aquário de Bacalhaus tem atraído milhares de visitantes

Estrutura pertencente ao Museu Marítimo de Ílhavo abriu há dois anos. Neste sábado, estará em festa e terá entradas livres.

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Nelson Garrido

Álvaro Garrido, consultor do MMI, não tem dúvidas de que o aquário tem vindo a ser um dos grandes responsáveis pelo crescimento do número de visitantes de todo o equipamento. “Houve um aumento médio nestes primeiros dois anos de funcionamento do aquário”, assegurou ao PÚBLICO, ao mesmo tempo que admitia que esse crescimento foi ainda mais sentido, “por razões óbvias, no primeiro ano” – em 2013, o MMI recebeu mais de 77 mil visitantes.

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Álvaro Garrido, consultor do MMI, não tem dúvidas de que o aquário tem vindo a ser um dos grandes responsáveis pelo crescimento do número de visitantes de todo o equipamento. “Houve um aumento médio nestes primeiros dois anos de funcionamento do aquário”, assegurou ao PÚBLICO, ao mesmo tempo que admitia que esse crescimento foi ainda mais sentido, “por razões óbvias, no primeiro ano” – em 2013, o MMI recebeu mais de 77 mil visitantes.

Para Álvaro Garrido, são várias as razões que levam a que esta estrutura seja tão procurada pelo público, na certeza de que um dos maiores motivos se prende com o facto de o aquário dar “a oportunidade de contactar ao vivo com um símbolo grande da cultura portuguesa”, ou seja, o bacalhau do Atlântico – espécie Gadus morhua, que é aquela que os portugueses pescam e consomem há vários séculos.

O aquário tem 3,2 metros de profundidade e capacidade para 120 metros cúbicos de água. Dos 35 bacalhaus que habitam no tanque principal, cerca de metade são exemplares de origem marinha, provenientes da Noruega, fornecidos pelo Aquário de Alesund, entidade parceira neste projecto. Os restantes provêm da Islândia e são bacalhaus de cativeiro.

Segundo reconhece o consultor do MMI, a manutenção desta estrutura “obriga a uma despesa corrente maior do que aquela que o museu tinha antes de inaugurar o aquário” – Álvaro Garrido não especifica em quanto. Contudo, e segundo faz questão de acrescentar, este novo atractivo “também tem trazido mais visitantes e, consequentemente, mais visitantes ao museu”. Para manter e gerir esta estrutura, o MMI conta com a ajuda preciosa do Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro e, sempre que é necessário, também recorre à “boa cooperação informal com o Oceanário de Lisboa”, vinca o consultor do museu.

Em jeito de balanço a estes primeiros anos de funcionamento do aquário, Álvaro Garrido faz ainda questão de destacar o facto de este novo equipamento ter “trazido a necessidade de o MMI apostar também em actividades diferentes daqueles que vinha desenvolvendo, nomeadamente acções relacionadas com as espécies e os oceanos”.

Programa comemorativo com várias actividades
No âmbito da festa do segundo aniversário, o Museu Marítimo de Ílhavo terá entradas livres, entre as 10 e as 18 horas, estando reservadas, para a tarde, várias actividades especiais. Pelas 15 horas, serão promovidas oficinas para as famílias e, entre as 14 e as 17 horas, decorrem oficinas de modelismo náutico. Para as 16 horas, está prevista a inauguração da exposição “Rostos - O trabalho nos Estaleiros de Viana”, uma mostra de fotografia de Egídio Santos que recupera a memória do trabalho naqueles estaleiros. Destaque ainda para a realização de uma “Conversa de Mar”, com Mário Ruivo, agendada para as 18 horas – e que no final compreenderá uma acção de degustação de conservas.