IPO vai fazer 800 exames anuais a doentes dos hospitais de Santa Maria e Pulido Valente

Em causa estão exames oncológicos na unidade de tomografia por emissão de positrões (PET) e que evitarão que os doentes sejam encaminhados para unidades privadas.

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A nova máquina de PET do IPO foi inaugurada neste ano Nelson Garrido

Esta colaboração, firmada nesta terça-feira através da assinatura de um protocolo entre as duas instituições, permitirá que os doentes seguidos nos hospitais de Santa Maria e Pulido Valente, que compõem o CHLN, realizem exames na unidade de tomografia por emissão de positrões (PET) deste IPO, inaugurada neste ano.

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Esta colaboração, firmada nesta terça-feira através da assinatura de um protocolo entre as duas instituições, permitirá que os doentes seguidos nos hospitais de Santa Maria e Pulido Valente, que compõem o CHLN, realizem exames na unidade de tomografia por emissão de positrões (PET) deste IPO, inaugurada neste ano.

Em 2014, o IPO de Lisboa realizou cerca de 2000 exames PET e estima que, através deste protocolo, sejam realizados entre 800 a 900 exames anuais aos doentes do CHLN. O administrador do IPO de Lisboa, Francisco Ramos, disse à agência Lusa que a instituição é a única da zona sul do país com esta capacidade instalada e que será agora melhor aproveitada pelos doentes do CHLN.

Até agora, adiantou, os doentes do CHLN realizavam estes exames - que são "altamente diferenciados" - em unidades de saúde privadas, mas pagos do Serviço Nacional de Saúde (SNS). "Ficará tudo dentro do SNS, o que é uma vantagem", adiantou. O IPO de Lisboa tem ainda capacidade para realizar exames a doentes oriundos de outros hospitais de Lisboa, disse Francisco Ramos.

O equipamento PET "melhora claramente o diagnóstico de várias situações oncológicas, como linfomas, melanomas e do foro digestivo, sendo um exame muito diferenciado que melhora a informação para tomar decisões terapêuticas mais rápidas". Entre os objectivos deste protocolo consta "uma gestão mais eficiente dos recursos públicos e consequentemente da capacidade instalada, física e de recursos humanos nas instituições". "Diminuir o desperdício e potenciar a gestão dos recursos disponíveis, evitando a multiplicação de investimentos para servir os mesmos fins" é outro dos objectivos do acordo.

Além da oncologia, este tipo de exame é igualmente importante noutras áreas, como é o caso da cardiologia e da neurologia.