Acordo rasgado

PS rasgou ontem o acordo que estabelecera com a maioria em matéria de IRC. Firmado por António José Seguro, o acordo pressupunha uma sucessiva quebra daquele imposto, até ficar abaixo de 20% em 2016. Na interpretação da actual direcção capitaneada por António Costa, a redução do IRC deveria ser acompanhada pela do IRS, o que não acontece na proposta do Governo. Assim, na opinião do PS, não é socialmente justa uma contínua diminuição dos impostos sobre as empresas sem desagravar também a carga fiscal sobre as pessoas. É uma posição política que, mais uma vez, vem separar as águas entre Costa e a coligação. Mas não deixa de ser perturbadora para a imagem de um partido que quer governar o país. Primeiro, porque fragiliza a importância de um quadro de estabilidade fiscal; depois, porque parece ignorar a urgência da competitividade no domínio dos impostos. Fica a dúvida sobre o que ganha Costa com esta decisão.

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PS rasgou ontem o acordo que estabelecera com a maioria em matéria de IRC. Firmado por António José Seguro, o acordo pressupunha uma sucessiva quebra daquele imposto, até ficar abaixo de 20% em 2016. Na interpretação da actual direcção capitaneada por António Costa, a redução do IRC deveria ser acompanhada pela do IRS, o que não acontece na proposta do Governo. Assim, na opinião do PS, não é socialmente justa uma contínua diminuição dos impostos sobre as empresas sem desagravar também a carga fiscal sobre as pessoas. É uma posição política que, mais uma vez, vem separar as águas entre Costa e a coligação. Mas não deixa de ser perturbadora para a imagem de um partido que quer governar o país. Primeiro, porque fragiliza a importância de um quadro de estabilidade fiscal; depois, porque parece ignorar a urgência da competitividade no domínio dos impostos. Fica a dúvida sobre o que ganha Costa com esta decisão.