Dilma Rousseff consolida liderança na corrida

Aécio Neves manteve o optimismo e desvalorizou os resultados das sondagens.

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Dilma precisa de garantir uma elevada participação do eleitorado do PT Ueslei Marcelino/Reuters

Os números, divulgados esta quarta-feira pelo instituto Datafolha, são exactamente os mesmos do início da semana, quando a Presidente se colocou em vantagem pela primeira vez desde o arranque da campanha para a segunda volta eleitoral.

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Os números, divulgados esta quarta-feira pelo instituto Datafolha, são exactamente os mesmos do início da semana, quando a Presidente se colocou em vantagem pela primeira vez desde o arranque da campanha para a segunda volta eleitoral.

Nos votos totais (que incluem a previsão de nulos e brancos), a candidata do PT ganhou um ponto em relação à pesquisa de segunda-feira, de 46 para 47%, enquanto o seu adversário manteve os mesmos 43%. O dado pode indicar uma tendência – muito ténue – para a agregação do voto dos indecisos na Presidente. Segundo a Datafolha, a parcela dos indecisos caiu de 6 para 4% (o outro ponto caiu para o lado dos brancos e nulos).

Com apenas mais três dias de campanha pela frente, e o resultado totalmente imprevisível, chegou a hora de as campanhas cerrarem fileiras e montarem a operação de ida às urnas, que é especialmente importante para a campanha petista. Segundo os especialistas, os eleitores com menos escolaridade, que compõem uma margem significativa da base de apoio do partido, têm uma taxa inferior de conversão de intenção em voto, seja por erro na hora de votar, seja por abstenção. A campanha precisa de garantir um elevado grau de participação eleitoral para acumular votos e desempatar a disputa.

A candidatura tucana (assim chamada porque esse animal é o símbolo do PSDB) manteve o optimismo e desvalorizou os resultados das sondagens – que, aliás, durante a primeira volta, acabaram por pintar um retrato errado da tendência do voto. Numa ironia com a situação verificada no início do mês, Aécio Neves garantiu que, se estas indicações se mantiverem, “já estou eleito”: na primeira volta, as projecções na véspera da votação davam-lhe 24% e o candidato acabou por obter 33,5% dos votos nas urnas.