BCE considera "especulação" as notícias sobre resultados dos testes de stress à banca

Posição do banco central foi formulada após uma notícia da agência Efe que aponta 11 "chumbos" nos testes, entre os quais o do BCP.

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Foto: Kai Pfaffenbach/ Reuters (arquivo)

A posição do BCE, citada pela agência Reuters, teve como razão próxima uma notícia da agência espanhola Efe, que referia que entre os 130 bancos analisados pela autoridade de supervisão, 11 tinham sido “chumbados”, entre os quais o português Millennium BCP – que foi contactado pela agência mas recusou comentários.

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A posição do BCE, citada pela agência Reuters, teve como razão próxima uma notícia da agência espanhola Efe, que referia que entre os 130 bancos analisados pela autoridade de supervisão, 11 tinham sido “chumbados”, entre os quais o português Millennium BCP – que foi contactado pela agência mas recusou comentários.

O banco central lembra que até ao próximo domingo, data em que os resultados serão divulgados, qualquer antecipação é considerada “altamente especulativa”, até porque os resultados nem sequer foram ainda comunicados aos bancos.

Os testes de stress conduzidos pelo BCE visam apurar até que ponto os bancos estão preparados para enfrentar novas crises de mercado, nomeadamente ao nível dos seus rácios de capital e provisões constituídas.

A Efe referia que entre os bancos que chumbaram, além do BCP, estariam os italianos  Banco Popolare, Monte dei Paschi e Banca Popolare di Milano, os gregos Alpha Bank, Piraeus Bank e Eurobank, o belga Dexia, o austríaco Erste e um banco cipriota cujo nome a agência não tinha conseguido apurar.

Um analista de um banco norte-americano que opera em Londres afirmou à Reuters, sob anonimato, que a lista é pouco credível, porque muitos dos bancos citados procederam, nos últimos meses, a significativos aumentos de capital, precisamente para se prepararem para os testes do BCE.

Há também quem defenda que, mais importante de saber quem chumba e quem passada, será saber quem está dentro dos parâmetros definidos pelo banco central, mas “por uma margem muito curta”.