Maior parte dos membros das famílias ciganas de Vidigueira já está alojada

Após uma rixa, famílias abandonaram parque de estágio onde tinham sido alojadas pela autarquia. Quando voltaram, instalações não existiam

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Adriano Miranda

Na última reunião extraordinária do Concelho Local de Acção Social foi rejeitado, "por unanimidade", que as duas famílias estivessem em situação de emergência social. Por isso não foram activados os meios de emergência social ou de protecção civil.

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Na última reunião extraordinária do Concelho Local de Acção Social foi rejeitado, "por unanimidade", que as duas famílias estivessem em situação de emergência social. Por isso não foram activados os meios de emergência social ou de protecção civil.

Segundo a autarquia, na reunião participaram representantes de várias instituições do concelho, do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) e do Centro Distrital de Segurança Social de Beja.

No passado dia 13 de Junho, após uma rixa, as famílias abandonaram as instalações do parque de estágio que existia na vila de Vidigueira e onde tinham sido alojadas pela autarquia. Dias depois, quando regressaram ao parque, repararam que a Câmara de Vidigueira tinha demolido as instalações.

As famílias acusaram a autarquia de racismo. Em declarações à Lusa, Manuel Narra rejeitou a acusação, alegando que a atitude da autarquia sempre foi de "discriminação pela positiva". Segundo o autarca, as duas famílias foram instaladas no parque de estágio em 2012, quando a câmara as retirou de casas improvisadas de madeira e chapa, nas traseiras das ruínas do castelo medieval de Vidigueira.

Manuel Narra diz que os confrontos deixaram "um rasto de destruição". Depois da saída das famílias, deu ordem para demolir as instalações do parque, cumprindo uma ordem da Inspecção-geral das Finanças por a construção estar ilegal.