Oliver Stone apresentou no Porto a sua visão crítica da história americana
O realizador de Platoon e JFK passou esta sexta-feira no Porto, onde apresentou o livro The Untold History of the United States e foi condecorado por Rui Moreira, "um presidente da Câmara que parece uma estrela de cinema".
Convidado de honra da sexta edição do festival Douro Film Harvest (DFH), o realizador de filmes como Platoon (1986), Wall Street (1987), Nascido a 4 de Julho (1989), JFK (1991), Nixon (1995) ou W. (2008), conhecido pelas suas convicções de esquerda e pela sua visão muito crítica da política externa americana, explicou que sentiu a necessidade de escrever este livro com um académico prestigiado, uma obra que descreveu como “muito sólida”, para sustentar cientificamente a série documental.Com a sua reputação de cineasta politicamente empenhado, afirmou, “diziam logo que tinha inventado aquilo tudo”.
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Convidado de honra da sexta edição do festival Douro Film Harvest (DFH), o realizador de filmes como Platoon (1986), Wall Street (1987), Nascido a 4 de Julho (1989), JFK (1991), Nixon (1995) ou W. (2008), conhecido pelas suas convicções de esquerda e pela sua visão muito crítica da política externa americana, explicou que sentiu a necessidade de escrever este livro com um académico prestigiado, uma obra que descreveu como “muito sólida”, para sustentar cientificamente a série documental.Com a sua reputação de cineasta politicamente empenhado, afirmou, “diziam logo que tinha inventado aquilo tudo”.
Ainda nos Paços do Concelho, Stone agradeceu os elogios de Rui Moreira e afirmou que, sendo um homem bastante viajado, podia testemunhar que era rara a cidade que, como o Porto, “tem um presidente da Câmara que parece uma estrela de cinema”. O realizador sugeriu mesmo que Moreira daria “um belo candidato” a Presidente da República. E mais tarde, na Casa das Artes, onde foi entrevistado ao vivo pelo jornalista Martim Cabral e respondeu no final a perguntas da assistência, reafirmou que Moreira era um “handsome dude”, mas que, apesar disso, não o ia contratar como actor, não só por lhe faltar prática, mas por achar que era preferível que o autarca se “mantivesse na política” e viesse um dia a ter o poder necessário para “fazer coisas boas, como tirar Portugal da NATO”.
Numa sessão em que atacou constantemente a política americana, e em particular os governos de Bush pai e de Bush filho – “não imaginam como me senti enojado quando George W. Bush foi Presidente, com a sua ignorância e a sua estupidez –, Stone diz que os estudantes liceais do seu país aprendem uma história rasurada e truncada da América, e que foi também a pensar neles que quis fazer esta série. Começou a trabalhar nela em 2008 e o primeiro episódio só veio a ser exibido no final de 2012. “É uma compilação do meu cinema, porque todos os temas que tratei confluem nesta série”.
Oliver Stone trabalha agora num filme sobre Edward Snowden, o analista de sistemas que denunciou publicamente o sistema de vigilância global da NSA, a Agência de Segurança Nacional dos EUA. Diz que não se tratará de uma apologia e que, como nos seus filmes sobre Nixon e George W. Bush, tentará captar o espírito e a interioridade da personagem, mas reconhece que, “como cidadão”, tem “admiração por aquilo que Snowden fez”.