António Costa considera que o país tem activos para vencer nova era

Candidato às eleições primárias de 28 de Setembro visitou os Açores pela terceira vez em campanha.

"Portugal tem activos que são fundamentais para se inserir e vencer nesta nova era. Portugal tem uma língua, uma diáspora e umas regiões autónomas que lhe dão centralidade neste novo mundo, onde o Atlântico vai ter uma nova centralidade", afirmou António Costa, na apresentação da sua candidatura na ilha de S. Miguel na noite de segunda-feira.

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"Portugal tem activos que são fundamentais para se inserir e vencer nesta nova era. Portugal tem uma língua, uma diáspora e umas regiões autónomas que lhe dão centralidade neste novo mundo, onde o Atlântico vai ter uma nova centralidade", afirmou António Costa, na apresentação da sua candidatura na ilha de S. Miguel na noite de segunda-feira.

Sem nunca se referir ao adversário nas primárias, António José Seguro, Costa considerou que o pior que o actual Governo fez foi "não só ter paralisado todos, deprimidos todos, dividido todos e dito que não há futuro".

"É essa confiança que é necessário reconstruir. Essa confiança significa uma nova atitude, mais positiva, de mobilização do melhor que há em todos nós, identificar em cada região e sector económico, em cada empresa, em cada pessoa o melhor que todos podemos dar para ajudar a dar a volta a essa crise e relançar o futuro do país", disse o candidato socialista, na sua intervenção no Teatro Micaelense, em Ponta Delgada.

Na terceira deslocação aos Açores durante a corrida à liderança do PS, António Costa sustentou que a competitividade da economia promove-se não com o empobrecimento do país, mas com a qualificação, o investimento na educação, formação profissional e na inovação.

Vincou que os Açores "não são um peso para o país, mas uma enorme mais-valia" e que "o tempo da disputa, da divergência, acabou", sendo agora o tempo da cooperação, porque "Portugal é só um".

Para o presidente do PS/Açores e do Governo Regional, Vasco Cordeiro, o projecto de liderança de António Costa interpreta bem o novo olhar que o Governo da República deve ter para com as regiões autónomas. "Eu não tenho qualquer dúvida em afirmar que a liderança de António Costa nesta grande tarefa de mobilizar o nosso país inclui também as regiões autónomas, considerando-as como um activo do nosso país e não um peso, que pode em cooperação, colaboração também ajudar a recuperar o país", afirmou Vasco Cordeiro.

O dirigente socialista açoriano considerou, por isso, que votar António Costa a 28 de Setembro é "defender os Açores, os açorianos e a autonomia". E enquanto mandatário nacional de Costa desafiou Seguro a vir aos Açores fazer campanha. "Dizemos daqui a Seguro: venha aos Açores. Há aqui povo em menor número e votos, mas é povo que aqui há", disse Carlos César, garantindo que o actual secretário-geral do PS será bem recebido.