“Maravilhoso mundo" de Passos é marcado por "borla às empresas, diz BE

Catarina Martins encerrou Forum Socialismo

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Para Catarina Martins, a TAP “tem de ficar sobre controlo público” Arquivo

O que se passa em Portugal, segundo Catarina Martins, é que há "cada vez menos dinheiro para garantir o que é de todos", mas, por outro lado, "cada vez mais dinheiro dos impostos para garantir os lucros a uma meia dúzia". A coordenadora do BE teceu inúmeras críticas ao Governo PSD/CDS e, sendo esta a última rentrée antes das legislativas do próximo ano, apresentou um balanço da actuação do executivo. Em "1166 dias de Governo de Pedro Passos Coelho e Paulo Portas, cada dia" foi "uma má notícia para o país", resumiu.

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O que se passa em Portugal, segundo Catarina Martins, é que há "cada vez menos dinheiro para garantir o que é de todos", mas, por outro lado, "cada vez mais dinheiro dos impostos para garantir os lucros a uma meia dúzia". A coordenadora do BE teceu inúmeras críticas ao Governo PSD/CDS e, sendo esta a última rentrée antes das legislativas do próximo ano, apresentou um balanço da actuação do executivo. Em "1166 dias de Governo de Pedro Passos Coelho e Paulo Portas, cada dia" foi "uma má notícia para o país", resumiu.

Num país em que "nunca se pagou tantos impostos como hoje", o Governo alega que "não há dinheiro para o que é essencial", mas não atua assim em relação às empresas. O dinheiro "apareceu logo, o nosso dinheiro, para descer os impostos sobre os lucros das grandes empresas, como apareceu logo para o BES, como aparece até para garantir postos de trabalho gratuitos nas empresas", disse. "Seis em cada 10 postos de trabalho criados nas empresas privadas são hoje pagos com dinheiros públicos", ou seja, criticou, "o mesmo Governo que tem destruído milhares de postos de trabalho nas escolas e centros de saúde do país, corre a pagar os salários para as empresas garantirem estagiários sem direitos".

"Neste caldo cultural das privatizações e das negociatas, são ainda mais chocantes as declarações de Pedro Passos Coelho no Pontal, ao dizer que, com este Governo acabou a promiscuidade entre a política e os negócios", aludiu. Segundo a coordenadora do BE, estas declarações merecem uma pergunta: "Ouvimos mesmo Pedro Passos Coelho dizer uma coisa destas? Por onde andou nos últimos três anos senhor primeiro-ministro?". "Se calhar, o primeiro-ministro não reparou em José Luís Arnaut, homem-chave do PSD que esteve em todas as privatizações, mas todas sem excepção", acusou.