Trompetista Lionel Ferbos morre aos 103 anos

Já centenário, continuava a participar em festivais de jazz tradicional em Nova Orleães, onde nasceu e morreu.

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O músico tinha comemorado na quinta-feira o seu 103.º aniversário, e pela primeira vez já não conseguira tocar para os seus amigos e familiares. Até ao ano passado, continuara a participar em todas as edições do New Orleans Jazz and Heritage Festival, sendo considerado o mais velho músico de jazz em actividade.

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O músico tinha comemorado na quinta-feira o seu 103.º aniversário, e pela primeira vez já não conseguira tocar para os seus amigos e familiares. Até ao ano passado, continuara a participar em todas as edições do New Orleans Jazz and Heritage Festival, sendo considerado o mais velho músico de jazz em actividade.

Ao longo da sua extensa carreira, Ferbos colaborou com alguns dos nomes míticos do jazz tradicional, como o saxofonista Captain John Handy ou a cantora Mammie Smith.

Muito requisitado pela sua capacidade de ler e escrever música, competência pouco habitual nos instrumentistas de jazz da Nova Orleães da sua juventude, Lionel Ferbos começou a tocar profissionalmente no início dos anos 1930, em grupos como os Starlight Serenaders ou os Moonlight Serenaders, que actuavam nos clubes de jazz locais.

Em 1932, juntou-se aos Louisiana Shakers de Captain John Handy e fez algumas digressões, mas viveu sempre em Nova Orleães, que nunca quis abandonar. No entanto, teve mesmo de deixar a cidade, por algum tempo, na sequência do furacão Katrina, em 2005. Foi acolhido por familiares na Louisiana, mas assim que teve condições para o fazer, regressou à sua cidade natal.