Quatro médicos e três farmacêuticos entre 13 acusados por corrupção e burla

Ministério Público acusa 13 arguidos de terem causado um prejuízo ao Estado superior a 848 mil euros

Foto
O Governo quer os médicos de família a fazerem consultas de medicina do trabalho no caso de grupos específicos de trabalhadores DR

Segundo adiantou esta sexta-feira o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP),  dois médicos, um farmacêutico, e um delegado de informação médica estão presos preventivamente à ordem deste processo, encontrando-se ainda um outro médico sujeito à medida de obrigação de permanência na habitação (prisão domiciliária), com vigilância eletrónica. Entre os 13 arguidos figuram ainda ainda três sociedades da área farmacêutica.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Segundo adiantou esta sexta-feira o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP),  dois médicos, um farmacêutico, e um delegado de informação médica estão presos preventivamente à ordem deste processo, encontrando-se ainda um outro médico sujeito à medida de obrigação de permanência na habitação (prisão domiciliária), com vigilância eletrónica. Entre os 13 arguidos figuram ainda ainda três sociedades da área farmacêutica.

Em causa neste processo - explica o DCIAP - está a actuação concertada e individual de vários profissionais envolvidos num esquema de emissão de receituário médico forjado para o aviamento e subsequente compra de medicamentos, cujo valor envolve uma elevada comparticipação do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

"Tais medicamentos, ao invés de se destinarem aos utentes identificados nas receitas eram aviados por terceiros que posteriormente os comercializavam, obtendo assim avultados proventos e acarretando um prejuízo patrimonial do Estado Português/SNS", resume a acusação do DCIAP.

No processo foi também deduzido um pedido de indemnização civil contra os 13 arguidos, em nome das administrações regionais de saúde do Norte, do Centro, de Lisboa e Vale do Tejo e do Alentejo, que integram o SNS, sobre o prejuízo patrimonial causado pelos arguidos, entre 2010 e 2013, que se estima de valor não inferior a 848.400 euros.

O Ministério Público arquivou as imputações quanto à eventual existência de uma associação criminosa e ainda a matéria de facto quanto a dois dos arguidos, por falta de indícios suficientes da sua participação no esquema investigado.