PCP defende que "nada pode impedir esclarecimento cabal da situação" do BES

Foto
Jerónimo de Sousa disse que alguns responsáveis europeus são "cavaleiros do apocalipse" Nuno Ferreira Santos/Arquivo

"Nada pode impedir o esclarecimento cabal da situação, particularmente das instituições que têm responsabilidade na supervisão deste processo", declarou Jerónimo de Sousa, em resposta aos jornalistas, na sede nacional do PCP, em Lisboa. "Esse esclarecimento é incontornável", reforçou.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

"Nada pode impedir o esclarecimento cabal da situação, particularmente das instituições que têm responsabilidade na supervisão deste processo", declarou Jerónimo de Sousa, em resposta aos jornalistas, na sede nacional do PCP, em Lisboa. "Esse esclarecimento é incontornável", reforçou.

Segundo o secretário-geral do PCP, a nomeação de uma nova administração para o BES "é uma indicação, mas não clarifica como é que se chegou aqui" e se "há ou não problemas".

Jerónimo de Sousa - que falava final de um encontro com a bastonária da Ordem dos Advogados, Elina Fraga - referiu que o PCP apresentou na Assembleia da República "um requerimento no sentido de que o Banco de Portugal esclareça com rigor e com verdade" a situação do BES.

"Continuamos a bater-nos por esse esclarecimento, independentemente de medidas em curso", afirmou. "Nós também não defendemos o alarmismo, mas, sem essa aclaração, sem esse conhecimento da verdade, naturalmente os portugueses sentir-se-ão profundamente preocupados com possíveis desfechos que hoje ninguém quer assumir", considerou.

No seu entender, "os portugueses precisam de saber o que se passa, o que se passou realmente, para poderem descansar em correspondência com esses apelos que as instituições têm feito".

O secretário-geral do PCP argumentou que não está em causa "um problema de uma família", mas "um problema do próprio sistema financeiro" e que "os portugueses já pagaram duramente os desmandos da banca para que a história se repita".

O Banco Espírito Santo (BES) comunicou hoje ao mercado a cooptação de Vítor Bento, José Honório e João Moreira Rato para os cargos de presidente, vice-presidente da comissão

De acordo com a informação enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), as nomeações visam substituir "Ricardo Espírito Santo Salgado, José Manuel Pinheiro Espírito Santo e José Maria Espírito Santo Ricciardi, também membros da comissão executiva, que haviam renunciado ao mandato".