A investigação do PÚBLICO e o seu contexto

O PÚBLICO concorda que é necessário ler a bibliografia e contextualizar. Por isso o fez. Basta ler os artigos publicados na Revista 2 e os textos complementares incluídos no site especial dedicado ao tema. As obras citadas – incluindo algumas dos subscritores do artigo acima –, as visitas do PÚBLICO aos campos de internamento de Compiègne (França) e aos campos de concentração de Auschwitz (Polónia), Bergen-Belsen, Buchenwald e Neuengamme (Alemanha), além da consulta dos arquivos do ITS – International Tracing Service foram essenciais para essa contextualização.

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O PÚBLICO concorda que é necessário ler a bibliografia e contextualizar. Por isso o fez. Basta ler os artigos publicados na Revista 2 e os textos complementares incluídos no site especial dedicado ao tema. As obras citadas – incluindo algumas dos subscritores do artigo acima –, as visitas do PÚBLICO aos campos de internamento de Compiègne (França) e aos campos de concentração de Auschwitz (Polónia), Bergen-Belsen, Buchenwald e Neuengamme (Alemanha), além da consulta dos arquivos do ITS – International Tracing Service foram essenciais para essa contextualização.

A investigação que o PÚBLICO desenvolveu não pretendeu debruçar-se sobre o tratamento e destino dos judeus de ascendência portuguesa, precisamente por este ser um tema já amplamente tratado. A investigação do PÚBLICO visou exclusivamente cidadãos nascidos em Portugal. Sobre este tema, o PÚBLICO citou os autores que já tinham feito referência a algumas destas histórias – caso de Esther Mucznik, Irene Flunser Pimentel e Cláudia Ninhos. O PÚBLICO estranha que os signatários questionem o uso da fórmula uma “história nunca contada” quando, com excepção de Mucznick, todos estiveram envolvidos na apresentação de uma candidatura que pretendia, justamente, estudar este tema – apresentado, então, como “inédito”. Situação, aliás, corroborada por Fernando Rosas ao PÚBLICO, no âmbito deste trabalho, e que já fora apresentada pelo historiador à agência Lusa: a 27 de Março de 2013 uma notícia da Lusa com o título “Investigação inédita detecta 70 portugueses nos campos de concentração nazis”, terminava com o seguinte parágrafo: “A existência de portugueses nos campos de extermínio nazis é um assunto até ao momento inédito e nunca estudado, assim como a presença de trabalhadores portugueses como escravos em fábricas na Alemanha.” O PÚBLICO espera que a candidatura da equipa liderada por Fernando Rosas consiga o financiamento solicitado, mas estranha o facto de em Março, quando o tema foi apresentado como “inédito”, não tenha suscitado qualquer reacção dos signatários.