Banco de Portugal diz que depositantes do BES “podem estar tranquilos”

Instituição tem capacidade para acomodar impactos negativos da exposição aos negócios não financeiros do GES, garante supervisor.

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Carlos Costa quer desfazer "incerteza latente" sobre solidez do BES

“Tendo em conta a informação reportada pelo BES” e pela KPMG (que auditou as contas do banco), este “detém um montante de capital suficiente para acomodar eventuais impactos negativos decorrentes da exposição assumida perante o ramo não financeiro do GES”, sem pôr em causa “o cumprimento dos rácios mínimos em vigor”.

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“Tendo em conta a informação reportada pelo BES” e pela KPMG (que auditou as contas do banco), este “detém um montante de capital suficiente para acomodar eventuais impactos negativos decorrentes da exposição assumida perante o ramo não financeiro do GES”, sem pôr em causa “o cumprimento dos rácios mínimos em vigor”.

São explicações que se impõem “em face do comportamento especialmente adverso no mercado de capitais” decorrente da “incerteza latente sobre a situação financeira” da instituição, refere o comunicado do BdP.

As acções do BES continuam suspensas depois de na quinta-feira os títulos do banco terem caído mais 17%, obrigando o regulador do mercado de capitais a suspendê-las. Suspensas estiveram também as acções e obrigações da ESFG.

Na quinta-feira, durante um jantar-debate promovido pela Associação Portuguesa de Gestão de Engenharia Industrial (APGEI), o governador do Banco de Portugal mostrou-se convencido da "absoluta transparência e absoluto esclarecimento das dúvidas" sobre a turbulência que sacudiu o grupo Espírito Santo.

Adiantando que o mercado "vive mal com a incerteza", Carlos Costa frisou que os agentes económicos têm de ser muito transparentes, quando estão no mercado de capitais.