PSD quer ouvir Governo sobre quebra das exportações

Vice-presidente da bancada não se refere directamente a Pires de Lima ou a Portas, que têm usado as exportações para sublinhar a recuperação da economia.

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Rui Gaudêncio

Numa declaração aos jornalistas no Parlamento, Luís Menezes considerou que os dados revelados esta quinta-feira deve ser analisados com "prudência". "Pensamos que são dados que devem ser analisados com cuidado, com prudência, mas, acima de tudo, pensamos que também seria importante poder ouvir aquilo que o Governo pensa destes dados e qual é que é a visão mais profunda do Governo relativamente a estes dados que saíram hoje do INE", disse o deputado social-democrata.

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Numa declaração aos jornalistas no Parlamento, Luís Menezes considerou que os dados revelados esta quinta-feira deve ser analisados com "prudência". "Pensamos que são dados que devem ser analisados com cuidado, com prudência, mas, acima de tudo, pensamos que também seria importante poder ouvir aquilo que o Governo pensa destes dados e qual é que é a visão mais profunda do Governo relativamente a estes dados que saíram hoje do INE", disse o deputado social-democrata.

Os dados revelam que as exportações diminuíram 3,6% e as importações caíram 0,8% no trimestre que terminou em Maio, face ao mesmo período do ano passado. O défice da balança comercial aumentou 288,8 milhões de euros. O aumento das exportações nos últimos meses em comparação com o ano passado tem sido um dos argumentos utilizados pelo Governo - mas em particular por Pires de Lima e por Paulo Portas - para sublinhar a consolidação da recuperação da economia. Menezes só se referiu ao “Governo”.

Mais clara foi a posição crítica assumida pela vice-presidente da bancada do CDS Cecília Meireles sobre as propostas da fiscalidade verde, pasta que é tutelada pelo ministro do PSD Jorge Moreira da Silva. Cecília Meireles mostrou “preocupação” sobre as propostas que constam do relatório sobre fiscalidade verde, por poderem “pôr em causa” a prioridade do crescimento económico.

A ideia de poder compensar o IRS com outras medidas fiscais “é boa”, mas é preciso ver o “impacto que têm no dia-a-dia das empresas”, disse a deputada ao PÚBLICO, deixando o alerta como um “contributo pessoal”.