Excelente seria

Mais 5,8% têm águas aceitáveis, dando um total de 97,8% de aceitabilidade. Mas R.G. lembra que em 2010 eram 99,3% as praias aceitáveis. Em 2010 havia apenas 0,7% inaceitáveis e agora são 2,2%. São três vezes mais.

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Mais 5,8% têm águas aceitáveis, dando um total de 97,8% de aceitabilidade. Mas R.G. lembra que em 2010 eram 99,3% as praias aceitáveis. Em 2010 havia apenas 0,7% inaceitáveis e agora são 2,2%. São três vezes mais.

Havendo 446 praias costeiras conclui-se que em 2010 havia 3122 praias (digamos 3, pronto) com água inaceitável, isto é, não cumprindo os critérios mínimos de qualidade de água. Agora já são 9812 (vá lá, 10) as praias inaceitáveis.

A culpa, claro, é dos cães que cagam na praia. Cagam na areia e depois a maré enche para vir buscar a merda e misturá-la na água onde tomamos banho.

Como são muitos os cães que andam soltos e sem dono e é impossível fiscalizá-los (já que também cagam à noite e de madrugada), temos de aceitar a situação e não esperar que o Estado intervenha ou faça qualquer coisa. É pouco português afirmá-lo, mas o Estado já fez o que pôde.

Assim como a Vodafone fez com os cinzeiros de praia, talvez uma empresa benemérita pudesse fornecer sacos de plástico para os banhistas mais cívicos (e, claro está, os donos dos cães, nem sempre inocentes) recolherem os cocós antes de o mar vir buscá-los.

Tapá-los com areia – a especialidade lusitana – é o pior que se pode fazer. Escondendo a merda impede-se que seja removida. E propicia-se que seja pisada ou tocada...