Putin vai encontrar-se com líderes ocidentais em cerimónia dos 70 anos do dia D

François Hollande confirmou que o Presidente russo é bem-vindo.

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Putin vai à Normandia a 6 de Junho Sergei Karpukhin/REUTERS

O anúncio da presença de Putin na cerimónia foi feito pelo embaixador russo em Paris, Alexander Orlov, em declarações à televisão BFM, depois de o Presidente francês, François Hollande, ter afirmando que o seu congénere russo continua a ser bem-vindo, apesar de todas as sanções e pressões diplomáticas exercidas sobre Moscovo devido ao seu papel na desestabilização da vizinha Ucrânia.

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O anúncio da presença de Putin na cerimónia foi feito pelo embaixador russo em Paris, Alexander Orlov, em declarações à televisão BFM, depois de o Presidente francês, François Hollande, ter afirmando que o seu congénere russo continua a ser bem-vindo, apesar de todas as sanções e pressões diplomáticas exercidas sobre Moscovo devido ao seu papel na desestabilização da vizinha Ucrânia.

“Disse a Vladimir Putin que, como representante do povo russo, é bem-vindo a esta cerimónia”, declarou Hollande. “Podemos ter divergências com Vladimir Putin mas eu não me esqueço e jamais esquecerei que o povo russo deu milhões de vidas”, durante a Segunda Guerra Mundial, acrescentou o chefe de Estado francês. O ministro da Defesa francês tinha ido mais longe, considerando que seria “um insulto histórico” cancelar o convite. “Está na ordem natural das coisas que Putin esteja presente”, disse Jean-Yves le Drian à BFM.

Putin estará na Normandia, portanto, como um dos Aliados, vencedores da Segunda Guerra, ao lado dos líderes de França, Reino Unido e Estados Unidos. Mas a chanceler alemã Angela Merkel estará lá também, prova de que a Europa actual não corresponde à dos tempos do avanço nazi, quando o desembarque na Normandia permitiu encurralar as tropas alemãs entre o avanço americano vindo de Ocidente e  as tropas russas vindas de Leste.

Interrogado sobre a hipótese de um encontro de Putin com os dirigentes ocidentais à margem das comemorações, o embaixador Alexander Orlov disse estar convencido que “há alguns encontros que podem ser previstos”.