Passos Coelho compara despesa pública a submarinos

Primeiro-ministro disse que Governo "poupou muitos submarinos" aos portugueses.

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Uma alusão à compra de submarinos por Paulo Portas, enquanto ministro da Defesa do anterior Governo PSD/CDS, e actual parceiro de coligação. A referência é feita num momento em que são visíveis tensões no Executivo, a propósito da taxa sobre o sal e o açúcar. 

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Uma alusão à compra de submarinos por Paulo Portas, enquanto ministro da Defesa do anterior Governo PSD/CDS, e actual parceiro de coligação. A referência é feita num momento em que são visíveis tensões no Executivo, a propósito da taxa sobre o sal e o açúcar. 

Durante o debate quinzenal, Passos Coelho estava a responder ao líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, numa intervenção em que garantiu “não haver razão para ser austeridade-dependente”. O primeiro-ministro referiu-se aos números da redução da despesa corrente primária entre 2010 e 2013, procurando contrariar a ideia de que o esforço foi exclusivamente feito à custa de cortes de rendimentos.

"Pelo contrário, o essencial dessas medidas foi feito à custa da despesa corrente primária, que foi reduzida, fora esses montantes, e em particular com os muitos submarinos que nós poupámos a Portugal e aos portugueses durante muitos anos com os contratos que cancelámos", afirmou. 

Passos Coelho referiu-se aos números de 2010 e de 2009, com e sem submarinos. "Quando algumas vozes disseram  que 2010 não era bom porque tem submarinos, podemos tomar o valor do ano anterior. Em 2009 não havia submarinos. Nesse ano, a despesa com consumos intermédios superou os 8,4 mil milhões de euros e era 7,3 mil milhões no final do ano passado", afirmou.