Morreu James Rebhorn, o eterno secundário que pôs Seinfeld na prisão

Muitas vezes escolhido para encarnar figuras de autoridade de fato e gravata, o actor cuja cara é mais conhecida do que o seu nome morreu aos 65 anos de melanoma.

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Descrito pelo crítico de televisão da Variety Brian Lowry como “a quinta-essência dos actores de construção de personagens” e como “representante de uma estirpe orgulhosa, mas tristemente em vias de desaparecer”, James Rebhorn era um actor de cinema e televisão, mas também de teatro. Os seus créditos enquanto actor acumulam-se às dezenas, tendo desempenhado papéis em mais de 50 filmes e tendo enviado o elenco de Seinfeld para a prisão no último episódio da emblemática série norte-americana.

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Descrito pelo crítico de televisão da Variety Brian Lowry como “a quinta-essência dos actores de construção de personagens” e como “representante de uma estirpe orgulhosa, mas tristemente em vias de desaparecer”, James Rebhorn era um actor de cinema e televisão, mas também de teatro. Os seus créditos enquanto actor acumulam-se às dezenas, tendo desempenhado papéis em mais de 50 filmes e tendo enviado o elenco de Seinfeld para a prisão no último episódio da emblemática série norte-americana.

Muitas vezes escolhido para encarnar figuras de autoridade em papéis secundários, morreu na sexta-feira em sua casa em New Jersey, como avançou o New York Times neste domingo, citando a sua agente, Dianne Busch, que acrescentou à Hollywood Reporter que o melanoma lhe tinha sido diagnosticado em 1992. Nascido em Setembro de 1948 em Filadélfia, era casado e teve duas filhas, estudou ciência política, teatro e belas artes, estreando-se no teatro, na publicidade e nas novelas diurnas antes de passar para os telefilmes. Foi nos anos 1990 que encontrou os papéis secundários que o viriam a ocupar o resto da carreira – foi o secretário da Defesa em Dia da Independência (1996) e actor secundário em títulos como Sombras e Nevoeiro (1991), Acto de Amor (1992), Perseguido pelo Passado (1993), O Talentoso Sr. Ripley (1999) e Far from Heaven, de Todd Haynes (2002).

Na televisão, foi médico em Rockefeller 30, teve vários papéis em séries policiais e dramas de advogados, com os seus fatos a condizer, como White Collar, Lei e Ordem, Boston Legal ou Causa Justa. O seu último papel foi mesmo o de Frank Mathison, pai da agente Carrie de Segurança Nacional, sendo ambos retratados como sofrendo de doença bipolar.

Ao recordar o actor agora falecido, Lowry contextualiza a sua importância, ao mesmo tempo simbólica, na indústria de entretenimento norte-americana: “Rebhorn personificava um tipo de actor que tem sofrido nos últimos anos, à medida que os estúdios se apoiam em grandes títulos de Verão ou em filmes carregados pelas estrelas às custas daqueles que estão nos papéis secundários. Os actores de construção de personagem têm tido menos trabalho interessante por causa disso.”