Vem aí mais um inquérito parlamentar, desta vez sobre compras militares

PS aceitou alargamento da investigação às contrapartidas nos contratos para aquisição de equipamentos como os submarinos e as Pandur, mas também aviões e helicópteros.

Foto
Os submarinos foram comprados em 2005 RUI GAUDÊNCIO

A ideia incial do PS era avaliar a compra e as contrapartidas relacionadas com os submarinos da Marinha e das viaturas blindadas do Exército, as Pandur. Por proposta da maioria, o inquérito vai estender-se aos programas de aviões e helicópteros das Forças Armadas. Serão 15 anos de aquisições militares que vão ficar sob avaliação.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A ideia incial do PS era avaliar a compra e as contrapartidas relacionadas com os submarinos da Marinha e das viaturas blindadas do Exército, as Pandur. Por proposta da maioria, o inquérito vai estender-se aos programas de aviões e helicópteros das Forças Armadas. Serão 15 anos de aquisições militares que vão ficar sob avaliação.

Vão assim ser também escrutinados a modernização dos aviões de caça F-16, da aquisição dos aviões de transporte C-295, dos de vigilância P3 Orion, e dos helicópteros EH 101 Merlin. Tudo somado, como fez o deputado do PCP António Filipe, eram contrapartidas que atingiam o valor de três mil milhões de euros.

O socialista António Braga justificou o alargamento com “as melhores condições políticas para o funcionamento” da comissão e com a vantagem “de estabelecer  condições que melhor garantam o conhecimento e os actos de fiscalização”.

A deputada do PSD Mónica Ferro, antes de anunciar o voto a favor da sua bancada, prometeu avaliar os contratos “sem preconceitos”. Mas aproveitou também para lembrar o facto das contrapartidas surgirem de forma “recorrente  com o aproximar das eleições”.

Uma alfinetada ao PS que o CDS dera também, embora assumindo o compromisso de “consenso” em matéria de Forças Armadas. Mas, perante a proposta, rematou Filipe Lobo d’Ávila, “vamos então discutir tudo, contrato a contrato, contrapartida a contrapartida”.