Israel oferece ao Japão exemplares do Diário de Anne Frank para substituir os destruídos

Centenas de livros perderam páginas ou foram destruídos em bibliotecas públicas de Tóquio.

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Páginas foram arrancadas ou danificadas em mais de 300 obras JIJI PRESS/AFP

Numa cerimónia pública, representantes da missão diplomática israelita e da comunidade judaica entregaram esta quinta-feira alguns dos livros ao presidente do distrito de Suginami, em Tóquio, onde foram destruídas 121 cópias em 11 das 13 bibliotecas públicas. As restantes serão distribuídas pelas bibliotecas que também têm obras danificadas.

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Numa cerimónia pública, representantes da missão diplomática israelita e da comunidade judaica entregaram esta quinta-feira alguns dos livros ao presidente do distrito de Suginami, em Tóquio, onde foram destruídas 121 cópias em 11 das 13 bibliotecas públicas. As restantes serão distribuídas pelas bibliotecas que também têm obras danificadas.

Mais de 300 exemplares de o Diário de Anne Frank e obras relativas à jovem que morreu num campo de concentração nazi foram vandalizadas, com páginas arrancadas dos livros, em perto de 30 bibliotecas públicas da capital japonesa.

A imprensa local revela agora que além destes exemplares, as bibliotecas registaram ainda danos em obras com memórias de Chiune Sugihara, cônsul japonês em funções nos países bálticos durante a Segunda Guerra e que ajudou vários judeus a fugir aos campos de concentração criados pelo regime de Adolf Hitler.

As autoridades japonesas abriram uma investigação ao caso mas até agora não há qualquer informação sobre a autoria dos actos de vandalismo.

Diário de Anne Frank foi publicado pela primeira vez em 1947. O livro é o relato quase diário dos dois anos que a jovem de 15 anos viveu escondida num anexo de um edifício em Amsterdão, Holanda. A família acabou por ser descoberta e deportada para campos de concentração. Anne Frank morreu no campo de Bergen-Belsen, em 1945.