Presos três presumíveis antigos guardas de Auschwitz na Alemanha

Homens têm 88, 92 e 94 anos e foram detidos numa série de operações policiais em três estados federados.

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Guardar um campo é considerado, desde 2011, sinómino de cumplicidade nos assassínios lá cometidos Dimitar Dilkoff/AFP

As prisões resultaram de uma série de raides tanto em Baden-Würtemberg como noutros dois estados federados, Hessen e Renânia do Norte-Vestefália, onde houve buscas mas nenhuma prisão.

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As prisões resultaram de uma série de raides tanto em Baden-Würtemberg como noutros dois estados federados, Hessen e Renânia do Norte-Vestefália, onde houve buscas mas nenhuma prisão.

Os detidos, de 88, 92 e 94 anos, são suspeitos de mortes cometidas entre 1942 e 1945 no campo, onde foram assassinadas mais de 1,1 milhões de pessoas, na maioria, judeus.

Foram submetidos a um exame médico e enviados para um hospital prisional na cidade de Ludwigsburg.

Estas detenções seguem-se ao anúncio, feito em Abril do ano passado, que tinham sido identificados cerca de 50 pessoas suspeitas de terem sido guardas de Auschwitz. A identificação destes antigos alegados guardas começou a ser feita depois de um outro antigo guarda, John Demjanjuk, ter sido condenado por cumplicidade em assassínio.

Até esse veredicto de 2011,  as autoridades apenas acusavam pessoas que tivessem cometido directamente crimes, mas no caso de Demjanjuk o Tribunal decidiu que ter sido guarda era motivo suficiente para se considerar que o acusado tinha participado na máquina de morte.

O centro Simon Wiesenthal, que se dedica a reunir informação e provas contra criminosos nazis, também lançou uma campanha para que sejam localizados e levados a responder à justiça os últimos criminosos nazis, com um sentido de urgência redobrado face à idade que os que ainda vivem já terão.