Investimento directo da China nos EUA duplicou em 2013

Energia e alimentação foram os sectores mais atractivos para investidores chineses.

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Parte do capital da Nobre, marca portuguesa de fiambre, é detida por investidores chineses Tiago Machado/Arquivo

Os investidores privados dominam, agora, os fluxos de capital e representam mais de 80% das transacções e mais de 70% do valor do investimento feito nos EUA.

“Prevemos que o interesse chinês nos activos norte-americanos se mantenha em 2014 tendo em conta as reformas económicas agressivas na China, um ambiente mais liberal para os investidores chineses e as estimativas positivas para a economia dos EUA”, refere a consultora.

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Os investidores privados dominam, agora, os fluxos de capital e representam mais de 80% das transacções e mais de 70% do valor do investimento feito nos EUA.

“Prevemos que o interesse chinês nos activos norte-americanos se mantenha em 2014 tendo em conta as reformas económicas agressivas na China, um ambiente mais liberal para os investidores chineses e as estimativas positivas para a economia dos EUA”, refere a consultora.

Em 2012, o investimento chinês na maior economia do mundo desceu 36%, mas o cenário inverteu-se em 2013. Foram contabilizadas 82 operações, 44 das quais aquisições de empresas e 38 projectos de investimento.

Na lista das seis maiores compras de empresas americanas por chineses estão a Smithfield (com participação na portuguesa Nobre), Nexen US (energia), Mississippi Lime JV, Chase Manhattan Plaza, General Motors Building e a Wolfcamp Shale. Juntas valem 80% do valor total.

O sector agro-alimentar e o da energia foram os mais apetecíveis para a China — neste último, o valor total do investimento cifrou-se nos 3,2 mil milhões de dólares. Já o imobiliário contou com 18 operações, no valor de 1,8 mil milhões de dólares.