Desaparecidos no Meco: vigilância mantém-se na linha de costa

Com as operações no mar suspensas desde quinta-feira, a expectativa é agora que o mar devolva os corpos para terra.

Foto

O capitão do Porto de Setúbal, Lopes da Costa, explicou ao PÚBLICO que na manhã deste sábado chegou-se a avaliar a possibilidade de uma lancha poder sair para o mar, mas a ondulação forte impedia para já essa acção.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O capitão do Porto de Setúbal, Lopes da Costa, explicou ao PÚBLICO que na manhã deste sábado chegou-se a avaliar a possibilidade de uma lancha poder sair para o mar, mas a ondulação forte impedia para já essa acção.

Desde quinta-feira que a forte agitação marítima – aliada a períodos de fortes chuvas – determinou a suspensão das operações de busca no mar.

Quase uma semana após o acidente e depois de um período inicial de buscas intensas, o comandante Lopes da Costa relatou ao PÚBLICO que está-se agora numa terceira fase, em que a expectativa “é de que seja a própria natureza e o próprio mar a determinar quando e onde” os corpos poderão aparecer.

Nos próximos dias, a vigilância terreste deverá manter-se concentrada na linha de costa, entre a Lagoa de Albufeira e o Cabo Espichel. “Tem havido ondulação forte de noroeste que empurra para sul, por isso há a possibilidade de os corpos atingirem locais mais a sul, nomeadamente a costa alentejana”, explicou o comandante ao PÚBLICO.

Os cinco jovens desaparecidos – quatro raparigas e um rapaz – faziam parte de um grupo de sete alunos da Universidade Lusófona que tinha alugado uma casa em Aiana de Cima, junto a Alfarim, para ali passar um fim-de-semana. Na noite de sábado para domingo, quando estavam na praia do Meco, foram arrastados por uma onda. Um dos jovens conseguiu sair da água pelos seus próprios meios, alertando as autoridades. Na manhã do domingo, o corpo de um dos jovens foi recuperado. Os demais cinco permanecem desaparecidos.

Junto à praia do Meco permanecem também instaladas duas tendas da Protecção Civil, onde está a ser assegurado apoio psicológico aos familiares e amigos dos jovens, que se têm mantido no local.