Centenas de estudantes manifestam-se no Parlamento contra cortes no superior

Um aluno foi detido. PCP e BE mostraram solidariedade com luta.

Um dos jovens que atravessaram as grades que separam os manifestantes das escadas que dão acesso à Assembleia da República foi de imediato detido pela polícia. O jovem levava consigo um livro que acabou por ficar caído nos degraus e que os colegas dizem ser uma edição da Constituição da República. O efectivo policial foi imediatamente reforçado nas escadarias, enquanto os estudantes liam um manifesto e gritavam “Governo escuta, os estudantes estão em luta”.

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Um dos jovens que atravessaram as grades que separam os manifestantes das escadas que dão acesso à Assembleia da República foi de imediato detido pela polícia. O jovem levava consigo um livro que acabou por ficar caído nos degraus e que os colegas dizem ser uma edição da Constituição da República. O efectivo policial foi imediatamente reforçado nas escadarias, enquanto os estudantes liam um manifesto e gritavam “Governo escuta, os estudantes estão em luta”.

Uma das alunas envolvidas na organização do protesto, Sofia Lisboa, disse à Lusa que praticamente todos os dias há estudantes a abandonar as aulas, porque não podem pagar as propinas ou o passe, e muitos não conseguem fazer três refeições por dia.

A deputada do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua saiu do Parlamento para manifestar o seu apoio. “Estes estudantes estão aqui hoje a manifestar-se contra um orçamento que nós consideramos que vai aniquilar o serviço público de educação e as universidades”, declarou. No mesmo sentido, a deputada do PCP Rita Rato deslocou-se até junto dos estudantes por considerar “justíssima” a sua luta. “É por isso que voltámos a propor o fim das propinas e o reforço da acção social escolar”, disse.

A manifestação teve início na Praça Camões, ao Chiado, e ficou concluída pouco depois das 17h.