Os festivais de cinema encontram-se em Lisboa e no Estoril

A programação do Lisbon & Estoril Film Festival foi esta terça-feira apresentada. Filmes são os que se destacaram em festivais como Cannes, Veneza ou Berlim.

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Pela primeira vez aberta ao cinema mundial, a secção competitiva do festival, que se reparte entre o Estoril e Lisboa, inclui alguns dos filmes que ao longo deste ano se têm destacado nos mais importantes festivais de cinema, como Berlim, Cannes, Veneza, Locarno e Sundance. “Este foi um ano absolutamente excepcional em termos de cinema, conseguimos praticamente tudo o que passou nos cinemas este ano”, disse Paulo Branco, director do LEFF, na conferência de imprensa, que aconteceu esta terça-feira no Centro Cultural de Belém (CCB).

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Pela primeira vez aberta ao cinema mundial, a secção competitiva do festival, que se reparte entre o Estoril e Lisboa, inclui alguns dos filmes que ao longo deste ano se têm destacado nos mais importantes festivais de cinema, como Berlim, Cannes, Veneza, Locarno e Sundance. “Este foi um ano absolutamente excepcional em termos de cinema, conseguimos praticamente tudo o que passou nos cinemas este ano”, disse Paulo Branco, director do LEFF, na conferência de imprensa, que aconteceu esta terça-feira no Centro Cultural de Belém (CCB).

Do certame em competição, composto por 12 filmes que serão avaliados pelo músico e produtor norte-americano Arto Lindsay, pela realizadora e artista francesa Dominique Gonzalez-Foerster e pelo artista português Vhils, fazem parte obras como Palo Alto, o filme de Gia Coppola, neta de Francis Ford, baseado em contos de sua autoria, Tip Top, do francês Serge Bozon, Vic + Flo ont vu un ours, de Denis Côté, ou When Evening Falls on Bucharest or Metabolism, do romeno Corneliu Porumboiu. A lista completa pode ser consultada aqui.

Para o director do festival, que até aqui incluía na competição apenas filmes europeus, a abertura a novos candidatos internacionais é a forma dar trazer ao festival “uma componente mundial”. “Só assim conseguimos dar o verdadeiro panorama do que se faz no cinema”, continuou, destacando ainda “a presença muito particular” do português Alexandre Farto, mais conhecido por Vhils. “A sreet art tem sido um tema bastante discutido, tem uma visibilidade cada vez maior”, explicou Paulo Branco, justificando assim a presença do português no júri. Vhils vai ainda “invadir o Centro de Congressos do Estoril” com alguns dos seus trabalhos, incluindo uma obra criada propositadamente para o festival.

À semelhança do que aconteceu nos anos anteriores, os filmes de grande destaque, ou aqueles que são mais esperados nas salas de cinema, são os que estão fora da competição. A abertura do festival está entregue a Roman Polanski com La Vénus à la Fourrure, e aos irmãos Joel e Ethan Coen com Inside Llweyn Davis – este último vencedor do grande prémio do júri em Cannes.

Destaque também para os filmes vencedores da Palma de Ouro (A Vida de Adèle, filme que vai encerrar o LEFF), de Abdellatif Kechiche, que deverá estar presente no festival, Leão de Ouro (Sacro Gra, de Gianfranco Rosi), Urso de Ouro (Child's Pose, de Calin Peter Netzer), Leopardo de Ouro (Història de la meva mort, de Albert Serra, que também deverá vir ao festival), Concha de Ouro (Pelo Malo, de Mariana Rondón) e o grande prémio do júri de Sundance (Fruitvale Station, de Ryan Coogler).

O novo de Wong Kar-Wai, The Grandmaster, também vai ser exibido no festival, estando ainda a presença do realizador de Hong Kong, que será homenageado durante o festival, por confirmar.

Confirmada, segundo Paulo Branco, está a vinda do norte-americano James Gray, que vai encerrar o festival com o seu último filme, The immigrant, protagonizado por Marion Cotillard, Jeremy Renner e Joaquin Phoenix. Além de vir apresentar este trabalho, que integrou a competição de Cannes, o realizador vai ainda dar uma masterclass.

Apesar de muitos destes filmes ainda não terem chegado às salas português, muitos dos títulos já foram comprados, o que significa que já têm estreias marcadas para o final do ano e início do próximo.

“É um programa bastante ambicioso”, concluiu Paulo Branco, agradecendo o apoio das duas autarquias parceiras. Na conferência de imprensa, o presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, e o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, congratularam-se com o crescimento que o festival registou desde que passou a ser organizado em conjunto pelos dois municípios.

“Percebemos que só temos a ganhar com isso, as indústrias criativas podem contribuir para o desenvolvimento da região e para a promoção do país”, disse Carreiras, esperando que o Lisbon & Estoril Film Festival possa servir de exemplo para outras acções no país.

António Costa destacou ainda que iniciativas como estas “permitem apresentar Lisboa e Cascais ao mundo cinematográfico”. O presidente da Câmara de Lisboa destacou ainda que ao apoiar este festival e ao torná-lo maior, “cresce tudo o resto”. “Crescem os espaços onde é apresentado como a animação que se vai produzindo ao longo das actividades”, disse Costa, respondendo depois aos jornalistas que a contratação de Woody Allen para filmar em Lisboa é “uma porta que se mantém em aberto”, mas o cineasta “não está em condições de assumir mais compromissos”.