PS apoia corte dos 15% das subvenções dos ex-políticos

Líder parlamentar lembra que foram os socialistas que puseram fim ao regime de subvenções vitalícias dos políticos.

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Depois do debate da moção de censura no Parlamento, na quinta-feira, a cúpula do CDS insiste que é preciso cortar despesa do Estado Nuno Ferreira Santos

Em declarações aos jornalistas no Parlamento, Zorrinho assegurou apoio à proposta noticiada pelo Diário Económico, lembrando que foi o PS que revogou a lei que atribui pensões a deputados que cumprissem 12 anos de mandatos, mantendo apenas em vigor os direitos até então já adquiridos. 

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Em declarações aos jornalistas no Parlamento, Zorrinho assegurou apoio à proposta noticiada pelo Diário Económico, lembrando que foi o PS que revogou a lei que atribui pensões a deputados que cumprissem 12 anos de mandatos, mantendo apenas em vigor os direitos até então já adquiridos. 

Questionado sobre se este corte terá carácter retroactivo, na medida em que incide em pensões que estão em pagamento, Carlos Zorrinho admitiu que sim. "Poderá ter um pouco esse princípio", reconheceu, mas disse que era feito "num contexto de equidade". 

O líder parlamentar do PS escusou-se a comentar a proposta avançada pelo porta-voz do CDS, João Almeida (que falou aos jornalistas apenas a título pessoal), de suspender totalmente esse tipo de subvenções. Zorrinho disse apenas comentar propostas da maioria. 

O PCP, pela voz do vice-presidente da bancada António Filipe, lembrou que o partido sempre se opôs às subvenções vitalícias dos titulares de cargos políticos. 

"O Governo procura apresentar esta medida como emblemática relativamente às medidas de austeridade quando o que é emblemático não é esse corte, que abrange um universo algumas centenas de titulares, mas o corte de 10% em todas as pensões e salários da administração pública", afirmou o parlamentar do PCP, citado pela Lusa, caracterizando a política governamental como um conjunto de "redução salarial generalizada".