Chumbo de diplomas para travar subconcessão dos Estaleiros aquece campanha em Viana

Rejeição dos projectos de resolução de todos os partidos da oposição na origem da troca de acusações entre os candidatos do PS e do PSD à Câmara de Viana do Castelo.

Foto
Arquivo

Confrontado pelos jornalistas, Eduardo Teixeira confirmou a ausência, que justificou com o arranque da campanha eleitoral. No entanto, sublinhou que participou no debate político, na terça-feira, defendendo a posição do partido relativamente à empresa.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Confrontado pelos jornalistas, Eduardo Teixeira confirmou a ausência, que justificou com o arranque da campanha eleitoral. No entanto, sublinhou que participou no debate político, na terça-feira, defendendo a posição do partido relativamente à empresa.

No primeiro dia de campanha eleitoral os ânimos aqueceram, em Viana, quando foi conhecido o chumbo, pela maioria PSD e CDS das apreciações parlamentares do PS, PCP, BE e PEV, que propunham a cessação da vigência do decreto-lei que autoriza a subconcessão” dos estaleiros.

O socialista José Maria Costa chamou os jornalistas para exigir explicações a Eduardo Teixeira pela ausência e, para o acusar de ter “fugido” da votação para não se “associar”, perante o concelho e os trabalhadores dos ENVC, ao chumbo dos partidos da maioria. “

O senhor deputado e candidato do Governo à Câmara de Viana do Castelo fugiu de assumir uma responsabilidade numa matéria muito grave, não defendendo os interesses do concelho. Estou estupefacto”, afirmou.

Para Costa, o seu opositor “não merece o ordenado que a Assembleia da República lhe pagou” e “é indigno de representar Viana e os vianenses”. Mais, não merece a “confiança” da população do concelho. “Se não está presente numa votação que é crucial para o país e para a região, como é que pode dar garantias de que não se vai demitir de outra qualquer responsabilidade?", questionou.

Na resposta, Eduardo Teixeira escusou-se a alimentar picardias político-partidários lançadas pelo “profeta da desgraça”.

“O senhor candidato do PS é um profeta da desgraça de Viana. Estive no debate e a minha posição foi bem explícita. Neste momento estou em campanha em eleitoral. Não vou falar mais sobre este assunto”, rematou.