Ministra da Justiça vai propor medidas de segurança para agentes de execução

Proposta de Paula Teixeira da Cruz surge após homicídio de um agente de execução na zona de Alcobaça.

Foto
Paula Teixeira da Cruz alvo de contestação NUNO FERREIRA SANTOS

“Pedirei ao Parlamento para não demorar mais uma solução que é urgente”, disse Paula Teixeira da Cruz, em Coimbra, frisando que aqueles profissionais da justiça “exercem funções públicas” e devem ter um estatuto que reforce a segurança na realização do seu trabalho.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

“Pedirei ao Parlamento para não demorar mais uma solução que é urgente”, disse Paula Teixeira da Cruz, em Coimbra, frisando que aqueles profissionais da justiça “exercem funções públicas” e devem ter um estatuto que reforce a segurança na realização do seu trabalho.

A ministra da Justiça falava aos jornalistas após intervir na abertura das Jornadas de Estudo da Câmara dos Solicitadores, organizadas pela Câmara dos Solicitadores e pelo Colégio da Especialidade dos Agentes de Execução, que terminam no sábado.

Nas intervenções, o recente homicídio do agente de execução Dário Ferreira, na zona de Alcobaça, quando exercia funções profissionais, foi referido por vários os oradores, tendo sido guardado um minuto de silêncio em sua memória. Os solicitadores já tinham pedido que o homicídio de agentes de execução fosse qualificado, como no caso dos advogados.

Paula Teixeira da Cruz também se referiu ao caso, para defender que estes profissionais venham a ter “um estatuto que acarretará um outro tipo de segurança” nas suas funções.

Tal implica que “qualquer acto cometido contra um agente de execução ou um administrador de insolvência sofra uma pena maior”, sublinhou.

“Não há filhos de um deus menor no sistema judicial”, disse a ministra, sem revelar quais as medidas de segurança que vai apresentar, as quais pretende discutir antes com o Parlamento.