Gestores de empresas públicas ouvidos sobre swaps na próxima semana

Ex-presidentes da Metro de Lisboa/Carris e da EGREP, que foram afastados pelo Governo, vão à comissão de inquérito a 30 e 31 de Julho.

Recorde-se que Silva Rodrigues e Vale Teixeira fazem parte do grupo de três gestores que foram afastados na sequência da polémica dos swaps. Deste rol faz também parte Paulo Magina, que era vogal da Entidade de Serviços Partilhados para a Administração Pública e que tinha sido administrador da CP.

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Recorde-se que Silva Rodrigues e Vale Teixeira fazem parte do grupo de três gestores que foram afastados na sequência da polémica dos swaps. Deste rol faz também parte Paulo Magina, que era vogal da Entidade de Serviços Partilhados para a Administração Pública e que tinha sido administrador da CP.

A Metro de Lisboa, a Carris, a EGREP, a CP, a Metro do Porto e a STCP foram identificadas como "explosivas" numa auditoria realizada pela Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) por terem subscrito swaps considerados tóxicos. Dos cerca de 140 contratos existentes nas empresas públicas, que acumularam perdas potenciais superiores a 3000 milhões de euros, 57 foram avaliados como especulativos.

Silva Rodrigues será ouvido no dia 30 de Julho, terça-feira, pelas 10h. Da parte da tarde, ocorrerá a audição ao ex-ministro das Finanças, Vítor Gaspar, que esteve inicialmente agendada para a próxima quinta-feira, mas foi adiada.

João Vale Teixeira irá ao Parlamento no dia seguinte, a 31 de Julho, pelas 10h. Ainda para esta semana estão agendadas as audições ao governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, e ao ex-presidente do IGCP, Alberto Soares, para quinta-feira, às 10h e às 15h, respectivamente.

À semelhança do que aconteceu com os três gestores, também os ex-secretários de Estado da Defesa, Paulo Braga Lino, e adjunto do ministro da Administração Interna, Juvenal Silva Peneda, foram afastados do cargo por terem integrado cargos de direcção financeira e de administração na Metro do Porto e na STCP.