Membro das Pussy Riot hospitalizada após uma semana de greve da fome

A música russa iniciou um protesto por ter sido impedida de participar numa audiência judicial.

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Maria Alekhina apresentou um pedido de liberdade condicional que foi rejeitado NATALIA KOLESNIKOVA/AFP

A informação foi avançada esta terça-feira pelo marido de uma das suas companheiras de banda, Piotr Verzilov. Não foram divulgados quaisquer detalhes sobre o estado de saúde de Maria Alekhina, que faz parte do trio musical detido após um protesto contra o Presidente Vladimir Putin numa catedral de Moscovo, em Fevereiro de 2012.

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A informação foi avançada esta terça-feira pelo marido de uma das suas companheiras de banda, Piotr Verzilov. Não foram divulgados quaisquer detalhes sobre o estado de saúde de Maria Alekhina, que faz parte do trio musical detido após um protesto contra o Presidente Vladimir Putin numa catedral de Moscovo, em Fevereiro de 2012.

Alekhina iniciou uma greve de fome na passada quarta-feira, depois de ter sido impedida de participar na audiência judicial que avaliava um pedido de liberdade condicional submetido pela sua advogada. Esse recurso veio a ser rejeitado pelo tribunal, que considerou que Maria Alekhina não demonstrou arrependimento pelos seus crimes.

Uma carta aberta divulgada pela sua advogada Irina Khrunova diz que a direcção do estabelecimento prisional lançou uma operação de segurança penitenciária na véspera da audiência, com o objectivo encapotado de virar as companheiras de cela contra ela.

Segundo explica na carta, as presidiárias, que antes podiam movimentar-se livremente entre as celas e os seus locais de trabalho, foram impedidas de circular sem a escolta de um guarda – que quase nunca está disponível. As mulheres já tiveram de esperar durante mais de uma hora para poder ir de um lado para o outro dentro da prisão.

A defesa de Maria Alekhina já apresentou várias queixas formais sobre o seu tratamento na prisão. A música foi mantida durante cinco meses num regime de solitária depois de reclamar contra a intimidação de criminosas reincidentes transferidas para a sua cela. Em Janeiro, a sua advogada apresentou uma queixa por violência, e acusou as autoridades de falsificarem um relatório psiquiátrico.

As outras duas integrantes da Pussy Riot, Yeketarina Samutsevich e Nadezhda Tolokonnikova, que foram enviadas para diferentes prisões, também apresentaram recursos da sentença proferida em Agosto de 2012. Samutsevich acabou por ver a pena suspensa logo em Outubro, enquanto Tolokonnikova foi condenada a permanecer na cadeia até ao fim da pena no mês passado.