Universidade de Coimbra mantém actualização das propinas indexada à inflação

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Universidade de Coimbra Adriano Miranda

"O Conselho Geral da Universidade não decidiu alterar a regra anterior", disse à agência Lusa fonte da UC, aludindo à reunião hoje realizada daquele órgão da instituição, que, entre outros temas, abordou a questão das propinas.

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"O Conselho Geral da Universidade não decidiu alterar a regra anterior", disse à agência Lusa fonte da UC, aludindo à reunião hoje realizada daquele órgão da instituição, que, entre outros temas, abordou a questão das propinas.

Já o presidente da Associação Académica de Coimbra, Ricardo Morgado, afirmou que a posição do Conselho Geral, "na prática, é um aumento de propinas" e que os representantes dos estudantes "não saíram felizes" da reunião.

"A verdade é simples de explicar, a Universidade de Coimbra cobrará a propina mais alta no Ensino Superior em Portugal", alegou.

O líder da AAC contestou o discurso dos que defendem que a actualização do valor da propina indexado à inflação não é um aumento, já que, se houver deflação, haverá um decréscimo do valor a pagar.

"Entendemos a situação difícil da Universidade, em três anos o Estado cortou 33% do financiamento. Mas nos últimos dois anos a propina subiu mais de 70 euros, é mais um milhão de euros só em actualizações", argumentou Ricardo Morgado.

A propina dos graus de licenciatura na UC situa-se em cerca de 1.037 euros, um valor que deverá aumentar para os 1.068 com a actualização.

O Conselho Geral da Universidade de Coimbra, órgão da instituição ao qual, entre outras competências, cabe a eleição do reitor, é presidido por Rui Vilar e constituído por 35 elementos: 18 representantes dos professores e investigadores, cinco estudantes, dois representantes dos trabalhadores não docentes e 10 personalidades externas à instituição.