Deputado do PS João Galamba diz que Cavaco “endoidou”

Socialista considera discurso Presidente da República na AR “insultuoso”.

Foto
João Galamba Daniel Rocha

Ainda Cavaco Silva discursava na Assembleia da República quando João Galamba escreveu na sua conta pessoal no Twitter: “Cavaco quer cumprir o tratado orçamental mas queixa-se da austeridade generalizada em toda a Europa. É oficial: endoidou.”

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Ainda Cavaco Silva discursava na Assembleia da República quando João Galamba escreveu na sua conta pessoal no Twitter: “Cavaco quer cumprir o tratado orçamental mas queixa-se da austeridade generalizada em toda a Europa. É oficial: endoidou.”

Mais à frente acrescentava que as palavras do chefe de Estado no Parlamento eram um “discurso miserável de um miserável Presidente. Que vergonha”.

Contactado pelo PÚBLICO, João Galamba confirmou que aquela era a sua conta pessoal no Twitter e que as mensagens eram da sua autoria. “Foi um discurso insultuoso para a democracia”, reforçou.

“O 25 de Abril enraizou nos três D [Democratizar, Descolonizar e Desenvolver]. O que ele [Cavaco Silva] nos informou agora é que o tratado orçamental é que é o grande desígnio nacional”, acrescentou. Para o deputado socialista, o Presidente da República “informou os portugueses” que as eleições “deixaram de ser um instrumento para gerar alternativa”. “Basicamente o que diz é que as eleições deixaram de ser relevantes. Foi um discurso insultuoso”.

Na sua intervenção desta quinta-feira na Assembleia da República, o chefe de Estado pediu consensos e deixou um aviso implícito ao PS: “Se se persistir numa versão imediatista, se prevalecer uma lógica de crispação política em torno de questões que pouco dizem aos portugueses, de nada valerá ganhar ou perder eleições, de nada valerá integrar o governo ou estar na oposição”.